UBS supera previsões de lucro trimestral impulsionado por setor de investimentos
Economia maior do que a esperada com a integração de seu antigo rival, o Credit Suisse, também é um dos fatores
O banco suíço UBS divulgou nesta quarta-feira um lucro trimestral que foi o dobro da previsão do mercado, impulsionado por seu setor de investimentos e pela economia maior do que a esperada com a integração de seu antigo rival, o Credit Suisse.
O lucro líquido de US$ 1,1 bilhão para o período de abril a junho superou a previsão de US$ 528 milhões em uma pesquisa. Estes foram os primeiros resultados do UBS desde que a instituição financeira concluiu formalmente sua fusão com o Credit Suisse, em maio.
As ações do UBS subiam 5,3%, superando o desempenho do setor bancário europeu.
O maior banco da Suíça disse que as economias resultantes da integração com o Credit Suisse estavam ocorrendo mais rapidamente do que o previsto, embora os analistas do Deutsche Bank tenham dito que os números das divisões de Global Wealth Management e Personal and Corporate Banking do UBS estavam abaixo das expectativas, tirando um pouco do brilho dos resultados.
Em comunicado, o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, disse que os resultados do primeiro semestre refletiam o “progresso significativo” que o banco havia feito desde a compra do Credit Suisse, deixando-o bem posicionado para cumprir as metas e retornar aos níveis de lucratividade anteriores à aquisição.
“Estamos agora entrando na próxima fase de nossa integração, que será fundamental para a obtenção de mais benefícios substanciais de custo, capital, financiamento e impostos”, disse Ermotti.
Os resultados variaram entre as divisões. Como observado em seus pares, o setor de investimento prosperou, com as receitas subjacentes da divisão aumentando em 26% no ano, chegando a US$ 2,5 bilhões. Quase dois terços do aumento vieram das Américas, disse o UBS.
O banco informou ainda que havia feito mais US$ 900 milhões em cortes de custos, atingindo cerca de 45% de sua meta anual acumulada.
Sua meta é atingir US$ 13 bilhões em economias até o fim de 2026, e o banco agora espera alcançar US$ 7 bilhões desse valor este ano, depois de ter vislumbrado anteriormente cerca de US$ 6,5 bilhões.
Enquanto isso, as entradas líquidas de novos ativos foram de US$ 27 bilhões, mesmo com os executivos do UBS alertando que as perspectivas estavam obscurecidas pelas tensões geopolíticas, pela disputa eleitoral nos EUA e pela volatilidade do mercado.
O UBS adquiriu seu concorrente de longa data em março de 2023, em um resgate planejado pelas autoridades suíças quando o Credit Suisse entrou em colapso, após uma série de escândalos.