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    Siemens tem primeiro prejuízo trimestral em 12 anos

    Empresa registrou um prejuízo líquido para os acionistas de 1,66 bilhão de euros nos três meses até o final de junho

    Por John Revill, da Reuters

    A Siemens disse nesta quinta-feira (11) que continua vendo uma forte demanda industrial durante o seu terceiro trimestre, enquanto custos relacionados ao investimento da Siemens Energy e a decisão de sair da Rússia empurraram o grupo de engenharia para o vermelho pela primeira vez em quase 12 anos.

    A empresa registrou um prejuízo líquido para os acionistas de 1,66 bilhão de euros nos três meses até o final de junho, depois com o impacto de 2,7 bilhões de euros — sem efeito no caixa — pela baixa do valor de sua participação na Siemens Energy.

    O lucro líquido também sofreu um impacto de 558 milhões de euros com a decisão da Siemens de deixar a Rússia após o conflito na Ucrânia.

    Essas perdas foram parcialmente compensadas pelo efeito positivo de 739 milhões de euros com a venda da startup Yunex Traffic.

    A Siemens também reduziu seu guidance para o lucro anual por ação para 5,33 para 5,73 euros por ação, de 8,70 para 9,10 euros anteriormente.

    A fabricante de software industrial e trens, contudo, registrou receita e pedidos mais altos no trimestre.

    Os pedidos aumentaram 7%, para 22,07 bilhões de euros no terceiro trimestre, enquanto o lucro em seus negócios industriais aumentou 27%, para 2,88 bilhões de euros.

    No negócio de automação, todas as regiões relataram pedidos 20% maiores do que no ano anterior, disse a Siemens, enquanto os custos elevados de componentes e logística estavam sendo enfrentados com o repasse dos custos aos clientes.

    Mercados como automotivo, de construção de máquinas e de eletrônicos mostraram “um impulso de crescimento subjacente contínuo com sinais de uma certa normalização”, disse o diretor financeiro da Siemens, Ralf Thomas, a jornalistas.

    “Para o futuro, esperamos uma normalização sequencial da demanda para o quarto trimestre e uma redução gradual da carteira de pedidos no ano fiscal de 2023”, disse Thomas, acrescentando que seria irreal esperar que o crescimento de pedidos permaneça acima de 30% no longo prazo.

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