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    Regulador dos EUA encontra múltiplos problemas de controle de qualidade na Boeing

    Além da FAA, outros órgãos também investigam fabricante por explosão de porta durante voo

    FAA havia dado 90 dias para Boeing formular plano para resolver problemas
    FAA havia dado 90 dias para Boeing formular plano para resolver problemas 30/05/2023 - Gavin McIntyre/Pool via REUTERS/

    Da CNN

    A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) encontrou vários problemas com as práticas de produção da Boeing após uma auditoria de seis semanas após a explosão do plugue da porta em 5 de janeiro em um 737 Max 9 da Alaska Airlines.

    “A FAA identificou problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças e no controle de produtos”, disse a FAA em um comunicado à imprensa, sem fornecer maiores detalhes.

    Um relatório separado lançado antes do incidente da porta, que foi divulgado no mês passado, encontrou “lacunas” na cultura de segurança da Boeing, incluindo uma desconexão entre a administração e os funcionários.

    O documento também revelou temores entre os empregados sobre retaliação por relatarem preocupações em relação à segurança.

    A FAA disse que as conclusões desta auditoria e do relatório separado deveriam fazer parte do plano de melhoria de qualidade da Boeing. A agência deu à fabricante 90 dias para produzir um plano para corrigir seus problemas de qualidade.

    A Boeing disse que está preparada para fazer o que for necessário para melhorar esse quesito.

    “Temos uma imagem clara do que precisa ser feito. A transparência prevaleceu em todas essas discussões”, afirma o comunicado da empresa.

    “A Boeing desenvolverá um plano de ação abrangente com critérios mensuráveis ​​que demonstram a mudança profunda que o Administrador [Michael] Whitaker e a FAA exigem. Nossa equipe de liderança da Boeing está totalmente comprometida em enfrentar esse desafio.”

    Não é a primeira promessa desse tipo desde o incidente da Alaska Air. Em janeiro, o CEO da Boeing, David Calhoun, admitiu que a Boeing precisava melhorar seus controles de qualidade.

    “Independentemente das conclusões finais alcançadas, a Boeing é responsável pelo que aconteceu”, disse Calhoun em comentários aos investidores da empresa em janeiro.

    “Um evento como este não deve acontecer num avião que sai da nossa fábrica. Nós simplesmente devemos fazer melhor para nossos clientes e seus passageiros”.

    A auditoria também incluiu o grande fornecedor da Boeing, Spirit AeroSystems, que constrói as fuselagens do jato Boeing 737 Max 9, entre outros itens.

    Sem dar detalhes, a FAA disse ter encontrado vários casos em que ambas as empresas alegadamente não cumpriram os requisitos de qualidade de fabricação.

    A Boeing era proprietária das operações que agora compõem a maior parte da Spirit, mas a desmembrou como uma empresa separada em 2005. A companhia divulgou na sexta-feira (1º) que está em negociações para possivelmente readquirir a Spirit.

    Questionado sobre o relatório, um porta-voz da Spirit respondeu: “Estamos em comunicação com a Boeing e a FAA sobre as ações corretivas apropriadas”.

    Mais de duas dúzias de inspetores da FAA estão participando da auditoria da fábrica do 737 da Boeing em Renton, Washington, disse o administrador da FAA, Mike Whitaker, aos membros do Congresso durante uma audiência no mês passado.

    A agência não é o único órgão governamental que analisa as questões de qualidade da Boeing.

    O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) está investigando o incidente a bordo do voo da Alaska Air.

    Um relatório preliminar sobre o incidente descobriu que os quatro parafusos necessários para manter a tampa da porta no lugar estavam faltando quando o jato saiu da fábrica da Boeing em outubro passado para ser entregue à Alaska Air.

    O NTSB ainda não atribuiu a culpa pelos parafusos perdidos.

    Além disso, o Departamento de Justiça está analisando se as deficiências encontradas após a explosão do plugue da porta de um voo do 737 Max no mês passado violam um acordo de diferimento de acusação que a Boeing assinou com o governo há três anos, após dois acidentes fatais do Max, de acordo com uma pessoa familiarizada com a investigação.

    Essa investigação poderia expor a Boeing a responsabilidade criminal.

    Os resultados finais desta auditoria provavelmente serão a espinha dorsal de futuras audiências no Congresso contra a Boeing.

    Nesta quarta-feira (6), a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, dará as últimas novidades sobre a investigação do voo 1282 do Alasca ao comitê do Senado que supervisiona a aviação.

    O presidente do Comitê de Comércio do Senado disse que as audiências envolvendo executivos da Boeing ocorrerão depois que os senadores ouvirem as últimas conclusões da investigação.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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