Quatro em dez empresas brasileiras agem contra vazamento de dados, diz pesquisa
Preocupação com divulgação de informações sigilosas cresceu durante pandemia em meio a um aumento de ciberataques
Quatro em cada dez empresas sediadas no Brasil tomam medidas protetivas contra o vazamento de dados sigilosos e pessoais dos clientes, mostra uma pesquisa elaborada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
A análise foi feita com base na resposta de mais de 4 mil empresários, coletadas entre agosto de 2021 e abril de 2022.
As ações contra o vazamento de informações sensíveis cresceram 42% nos últimos dois anos, desde o início da pandemia de Covid-19, mostra o levantamento, que fala em quase três milhões de ataques hackers no Brasil durante o primeiro semestre de 2022 – alta de quase 10% em relação os primeiros seis meses de 2021.
Especialistas do Cetic apontam que as interações online tiveram um “boom” desde o início da crise sanitária, facilitando a divulgação indevida de dados sigilosos.
Entre as empresas que mais se preocupam com a proteção dos dados sigilosos estão as companhias de informação, tecnologia e comunicação – segmento que 50% das organizações adotam medidas desta natureza. Logo em seguida aparecem as empresas com foco em logística e comércio, com respectivamente 43% e 38%.
Na parte oposta da tabela, entre os segmentos que menos se preocupam com o vazamento de informações estão as indústrias, as empresas de alojamento e alimentação, com 18%.
Capacitação dos profissionais
Assim como a realização de medidas para diminuir o vazamento de dados, as empresas brasileiras buscam capacitar os profissionais neste sentido, segundo o levantamento.
De acordo com o Cetic, quase 30% de todas as empresas brasileiras realizam periodicamente treinamentos ou capacitações dos funcionários sobre o tema.