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    Pesquisa: 78% dos executivos veem relevância dos riscos climáticos para negócios

    Pesquisa mostra que 53% dos participantes informaram que suas empresas não possuem indicadores de sustentabilidade claros e harmônicos de acordo com padrões internacionais

    Pedro Zanattado CNN Brasil Business , em São Paulo

    No Brasil, 78% dos executivos consideram os riscos climáticos “relevantes” ou “muito relevantes” para os seus negócios, segundo pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), em parceria com a PwC e obtida pelo CNN Brasil Business.

    De acordo com o estudo, 41% das empresas com um faturamento acima de R$ 5 bilhões consideram como muito relevante as questões climáticas. Já em relação às empresas de menor faturamento, até R$ 100 milhões, 19% fazem essa mesma classificação, enquanto 67% consideram como irrelevante.

    A pesquisa também traz questionamentos sobre a transparência na apuração e divulgação de informações financeiras e a padronização de indicadores e relatórios de sustentabilidade.

    Para 53% dos participantes, suas empresas não possuem indicadores de sustentabilidade claros e harmônicos de acordo com padrões internacionais aceitos. Outros 9% não souberam responder e 39% disseram possuir tais ferramentas.

    O estudo mostra ainda que 23% dos participantes indicaram que as organizações possuem um processo maduro para a medição das pautas socioambientais com indicadores, e metas claramente definidas.

    Já as empresas que afirmam ter alguns indicadores e metas, mas ainda em desenvolvimento, somam 41%, enquanto 36% responderam não possuir metas e indicadores socioambientais definidos.

    Ainda que exista esse percentual dos que afirmam não adotar um processo maduro para medição dos temas socioambientais, quase 75% dos participantes se percebem mais avançados ou no mesmo estágio que os pares.

    “Esse resultado indica que a percepção dos CFOs é que o mercado ainda está no início da jornada de implementação de boas práticas socioambientais”, avalia o estudo.

    Por fim, 24% dos entrevistados indicaram que a ausência de um programa claramente definido representa uma das principais barreiras para que os temas ESG sejam incorporados à estratégia das organizações.

    Outros 24% apontaram para a dificuldade em concretizar o que o ESG representa para a empresa como outra barreira para a realização das práticas.

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