Ministro Márcio França fala sobre medidas de acesso ao crédito
Ministro do Empreendedorismo revela que mais de 100 mil empresas já aderiram ao programa de crédito, mas ressalta desafios na comunicação com o público-alvo
O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, destacou em entrevista à CNN Brasil os avanços do programa Acredita, iniciativa do governo federal para facilitar o acesso ao crédito para pequenos empreendedores. França revelou que mais de 100 mil empresas já aderiram ao programa, mas ressaltou que ainda há desafios na comunicação com o público-alvo.
O programa Acredita é voltado para empresas que faturam até R$ 360 mil por ano, oferecendo condições especiais de financiamento. ‘Se for uma empresa dirigida por homem, o financiamento pode chegar a até 30% do faturamento. Se for de mulher, até 50% do faturamento’, explicou o ministro.
Desafios na comunicação
França apontou que um dos principais obstáculos para a expansão do programa é a dificuldade em alcançar os potenciais beneficiários. ‘As pessoas têm uma certa prevenção. Elas falam: ‘Acho que não é para mim isso aí, não é possível que eu consiga encontrar um empréstimo desse”, relatou.
O ministro destacou as vantagens do programa, como a carência de seis meses e juros de 5% mais Selic após esse período. Ele também apresentou um cartão específico para Microempreendedores Individuais (MEIs), disponível inicialmente para clientes do Banco do Brasil, que facilita o acesso ao crédito.
Impacto e alcance
‘Se você pensar que no total são 9 milhões de empresas de CNPJs, significa dizer que o Simples mais as empresas, as MEIs, elas no total formam 99% dos CNPJs do Brasil’, afirmou França, ressaltando a importância do programa para a economia.
O ministro também mencionou o impacto do programa em situações de emergência, como nas enchentes no Rio Grande do Sul, onde 33 mil das 38 mil empresas afetadas já foram reabertas com auxílio do governo federal.
França concluiu enfatizando a necessidade de encontrar mecanismos para que os pequenos empresários, que formam a maioria dos CNPJs do Brasil, percebam que o governo não busca impor impostos, mas sim oferecer suporte para o desenvolvimento de seus negócios.