Maersk descarta voltar ao Canal de Suez até “bem depois de 2025” por ameaças
Os ataques a embarcações no Mar Vermelho por militantes Houthi alinhados ao Irã interromperam uma rota de navegação vital para o comércio global
O grupo dinamarquês de transporte marítimo A.P. Moller-Maersk disse nesta quinta-feira (31) que espera que a forte demanda por transporte de mercadorias em todo o mundo continue nos próximos meses, embora não espere retomar a navegação pelo Canal de Suez até “bem depois de 2025”.
Os ataques a embarcações no Mar Vermelho por militantes Houthi alinhados ao Irã interromperam uma rota de navegação vital para o comércio global, com o redirecionamento prolongado de remessas, elevando as taxas de frete e causando congestionamento nos portos asiáticos e europeus.
“Não há sinais de abrandamento e não é seguro para nossas embarcações ou funcionários irem para lá… Nossa expectativa, neste momento, é que a situação se prolongue até 2025”, disse o presidente-executivo Vincent Clerc a jornalistas.
A Maersk, vista como um barômetro do comércio mundial, disse em janeiro que estava desviando todos os navios porta-contêineres das rotas do Mar Vermelho para o em torno do Cabo da Boa Esperança, na África.
A empresa disse na quinta-feira que havia observado uma forte demanda no terceiro trimestre, especialmente impulsionada pelas exportações da China e do Sudeste Asiático.
Clerc disse que não viu sinais de desaceleração nos volumes da Europa ou da América do Norte nos próximos meses.
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