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    Lucro da AES Brasil cai 77% no 2º trimestre, para R$ 27,5 milhões

    Os custos de produção da companhia tiveram um aumento de 60% na comparação com o mesmo período em 2020

    Leandro Tavares, do Estadão Conteúdo

    A AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 27,5 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 77% na comparação anual, resultando em uma margem líquida de 4,9%. O resultado representa queda de 20,1 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

    Os números foram impactados principalmente pela maior despesa financeira líquida, no valor de R$ 80,4 milhões, pela liquidação antecipada do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e maior depreciação e amortização, no valor de R$ 41,7 milhões, devido à amortização do reconhecimento do GSF no quarto trimestre de 2020.

    No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 257 milhões, uma baixa de 6,6% ante igual período do ano anterior, enquanto a receita líquida da companhia subiu 18,1% na base anual, para R$ 561,4 milhões.

    Por fonte, o lucro líquido da área hídrica foi de R$ 24,2 milhões no segundo trimestre do ano, valor 79,7% menor que o mesmo período de 2020, enquanto o Ebitda caiu 11,6% na mesma base de comparação, para R$ 162,1 milhões. A receita líquida alcançou R$ 416,3 milhões no trimestre, uma alta de 13,2% na base anual.

    No caso da energia eólica, o lucro líquido foi de R$ 22,3 milhões no período, uma queda de 31,8% na comparação anual, enquanto o Ebitda caiu 9,1% na mesma base de comparação, para R$ 52,6 milhões. No período, a receita líquida somou R$ 110,0 milhões, uma alta de 44,9%.

    A geração solar registrou lucro líquido de R$ 21,0 milhões no segundo trimestre, valor 22,0% maior que o mesmo período do ano passado, enquanto o Ebitda caiu 9,4% na mesma base de comparação, para R$ 31,1 milhões. A receita líquida teve uma leve queda de 2,3%, para R$ 37,2 milhões ante igual período de 2020.

    Os custos de produção e operação de energia pela AES Brasil totalizaram R$ 378,4 milhões no segundo trimestre de 2021, uma elevação de 59,7% sobre o segundo trimestre de 2020.

    A AES Brasil encerrou o segundo com uma dívida líquida R$ 4,729 bilhões, 76,2% maior que o visto no mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a alavancagem, medida pela relação dívida por Ebitda era de 2,14 vezes.

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