Lenovo tem alta na receita trimestral a US$ 13,8 bilhões e supera expectativas
Companhia ainda anunciou novos PCs com IA
A Lenovo teve alta de 9% na receita do quarto trimestre fiscal, para US$ 13,8 bilhões, em um resultado acima do esperado pelo mercado, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (23) pela maior fabricante de computadores pessoais do mundo.
A média de estimativas de oito analistas para a receita da empresa chinesa no trimestre de janeiro a março era de US$ 13 bilhões, de acordo com dados da Lseg.
Isso marca um segundo trimestre consecutivo de crescimento de receita para a Lenovo, depois da companhia ter sofrido cinco trimestres consecutivos de quedas no faturamento em meio à desaceleração na demanda por computadores após a pandemia.
No mês passado, a empresa de pesquisa de mercado IDC disse que o mercado global de computadores pessoais finalmente voltou a crescer durante o primeiro trimestre deste ano, depois de sofrer quase dois anos de declínio.
As vendas de PCs cresceram 1,5% em relação ao ano anterior, para 59,8 milhões de unidades durante o trimestre, com a Lenovo mantendo firmemente a liderança com uma participação de mercado de 23%, de acordo com a IDC.
Mas, no geral, a receita da Lenovo para o ano encerrado em 31 de março caiu 8%, para US$ 56,9 bilhões, superando ligeiramente as expectativas de analistas de US$ 56,19 bilhões.
O lucro líquido da Lenovo para o trimestre de janeiro a março aumentou 118%, para US$ 248 milhões, superando estimativas de analistas de US$ 162 milhões.
A empresa afirmou que está explorando ativamente oportunidades em inteligência artificial, enquanto continua a expandir em setores não relacionados a computadores pessoais, como smartphones, servidores e serviços de tecnologia da informação.
A companhia anunciou o lançamento de dois novos PCs preparados para execução de aplicativos de IA com eficácia.
O presidente-executivo da Lenovo, Yuanqing Yang, disse que a chegada dos computadores com recursos de IA “impulsionará o ciclo de substituição de computadores pessoais”.
“Os próximos computadores pessoais da maioria das pessoas serão computadores pessoais com IA”, disse o executivo em entrevista à Reuters.
“Até o final do ano, 10% de nossos computadores pessoais vendidos serão PCs com IA. Até 2026, esse número poderá ser aumentado para 50% a 60%.”