Klabin vende mais papel e preços e câmbio empurram alta de lucro no 3º tri
A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,8 bilhão, crescimento de 33% sobre o desempenho de um ano antes
A Klabin anunciou nesta segunda-feira (4) um desempenho operacional em linha com a previsão média do mercado para o terceiro trimestre, apoiada em avanço da receita e queda nos custos, segundo o balanço da maior produtora de papel para embalagens do país.
A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,8 bilhão, crescimento de 33% sobre o desempenho de um ano antes. Analistas, em média, esperavam um Ebitda de R$ 1,77 bilhão para a companhia no terceiro trimestre.
“O aumento (no Ebitda) é explicado pelo maior preço de celulose e ‘containerboard’, maior volume vendido no segmento de papéis e embalagens e pela valorização do dólar frente ao real, a despeito do maior custo caixa no período”, afirmou a Klabin no balanço.
A receita líquida subiu 14%, para cerca de R$ 5 bilhões, apoiada em variação cambial e maiores preços de celulose e papelão, além de aumentos nas vendas de embalagens e papéis.
O crescimento do faturamento veio apesar de uma queda de 3% no volume total vendido, pressionado por tombo de 25% nas vendas de celulose, enquanto a comercialização de papel disparou 27%.
As vendas de celulose recuaram, segundo a Klabin, pressionadas pela parada de manutenção da fábrica em Ortigueira (PR) ocorrida em julho.
“Além disso, em agosto, houve uma parada pontual de seis dias para manutenção da caldeira de recuperação 1 que impactou a produção de celulose. As atividades foram retomadas e a fábrica opera normalmente”, afirmou a empresa no balanço.
O custo caixa de produção de celulose, um importante indicador da eficiência de um fabricante da matéria-prima do papel, foi de R$ 1.157 por tonelada excluindo gastos com parada de manutenção.
A cifra representa uma queda de 12% sobre o apurado no terceiro trimestre de 2023. Considerando os efeitos da parada, o indicador foi de R$ 1.695 por tonelada, afirmou a Klabin.
O custo caixa total da empresa cresceu 4% sobre um ano antes, para R$ 3.179 por tonelada, excluindo efeito de parada. Incluindo, o custo total foi de R$ 3.384 por tonelada, crescimento 8%.
A Klabin indicou um crescimento de 16% nas despesas gerais e administrativas no período, ao que atribuiu a “principalmente maior dispêndio com serviços de consultoria para projetos estratégicos e honorários advocatícios pontuais”.
A companhia apurou um lucro líquido de R$ 729 milhões no terceiro trimestre, salto ante os 245 milhões de resultado positivo registrado um ano antes.
A empresa terminou setembro com uma relação de endividamento de 3,9 vezes dívida líquida sobre Ebitda em dólares ante 3,2 vezes no final do terceiro trimestre do ano passado.
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