Foxconn prevê cadeia de suprimentos mais estável no segundo semestre
"Empresa tem como objetivo se tornar a primeira fabricante de veículos elétricos a "não ter falta de material", disse presidente da Foxconn
A Foxconn, maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo, disse nesta terça-feira (31) que o segundo semestre deve ser melhor, já que o lockdown de Xangai parece estar diminuindo.
“Estamos bastante confiantes na estabilidade de nossa cadeia de suprimentos para o segundo semestre”, disse o presidente da Foxconn, Liu Young-way, na reunião anual de acionistas.
A empresa tem como objetivo se tornar a primeira fabricante de veículos elétricos a “não ter falta de material”, disse Liu, referindo-se à prolongada escassez global de chips que forçou as montadoras a interromperem a produção, além dos atrasos de fabricação de smartphones, inclusive para a Apple.
“Um carro que custa dezenas de milhares de dólares não pode ser enviado por causa de um pequeno chip que vale US$ 0,50. Isso tem sido uma dor para nossos clientes”, disse ele.
A Foxconn pretende deter cerca de 5% do mercado global de veículos elétricos até o final de 2025 e disse que espera aumentar sua capacidade de fabricar chips para o setor, muitos dos quais são pequenos circuitos integrados de baixo custo, incluindo aqueles usados no gerenciamento de energia.
A empresa alertou neste mês que a receita de seus negócios de eletrônicos, incluindo smartphones, pode cair neste trimestre devido ao aumento da inflação, à diminuição da demanda e aos crescentes problemas na cadeia de suprimentos, em parte devido a lockdowns na China.
A Foxconn reiterou que, embora os rígidos controles chineses contra a Covid-19 tenham tido impacto limitado na produção, uma vez que manteve os trabalhadores locais num sistema de “circuito fechado”, a demanda por seus produtos no país sofreu enquanto as pessoas permanecem fechadas.
As ações da Foxconn fecharam em alta de 2,3%, acumulando 8,7% até agora em 2022, dando à empresa um valor de mercado de US$ 52,3 bilhões.