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    First Trust lança seis novos BDRs de ETFs na B3

    Os produtos estão disponíveis para investidores qualificados, mas em breve o leque deve se abrir para o investidor geral

    Bruna Camargo, do Estadão Conteúdo

    A First Trust, gestora americana que atua no Brasil em parceria com a HMC, anunciou nesta quarta-feira (9) o lançamento de seis novos BDRs de ETFs na B3, com o Nasdaq como provedor de índice.

    Os produtos estão disponíveis para investidores qualificados, mas em breve o leque deve se abrir para o investidor geral. Agora, a First Trust chega a 23 BDRs listados no Brasil, após a primeira leva, lançada em 2021.

    “Nosso plano é trazer cerca de 20 novos BDRs de ETFs neste ano, e decidimos fazer isso em partes, com base na priorização e para facilitar alguns requisitos operacionais. Estamos muito felizes com esta nova parcela de BDRs pois são algumas das estratégias pelas quais definitivamente há mais interesse em toda a região”, afirmou April Reppy Suydam, líder da First Trust na América Latina, em entrevista ao Broadcast Investimentos.

    As novas estratégias trazidas pela gestora olham especialmente para o mercado de empresas small e middle caps, além do segmento de infraestrutura elétrica e tecnologia.

    “O ano passado foi o mercado de ações mais ‘concentrado’ que já experimentamos nos Estados Unidos, e é difícil manter essa concentração tão estreita. Não estamos falando contra os grandes nomes, contra as ‘Sete Magníficas’ ou grandes oportunidades de crescimento tecnológico. Mas entramos neste ano fortemente convencidos de que seria prudente diversificar as carteiras para capturar um mercado mais amplo”, diz Suydam.

    Para ela, os produtos da First Trust oferecem essas soluções que “vão além do mercado tradicional”, o que é o caso das teses com empresas small e middle caps.

    “Há muita gente super concentrada em large caps, mas há oportunidade para diversificação. E não pensando nos índices amplos, que estão apenas comprando empresas que atendem às qualificações do que é uma empresa de pequena ou média capitalização. Buscamos as mais rentáveis”, destaca.

    Segundo Suydam, a First Trust ainda está “sentindo” os interesses e necessidades dos investidores brasileiros para exposição no exterior.

    “A maioria dos brasileiros ainda não aproveita as vantagens e oportunidades oferecidas pelos BDRs”, afirma a executiva, que está de olho principalmente nos investidores institucionais – como alocadores de patrimônio e fundos multimercado.

    Os produtos da First Trust ainda não estão disponíveis para o investidor em geral, mas Suydam afirma que isso deve acontecer “em breve”.

    “Alguns clientes institucionais precisam que o produto esteja disponível na classificação de ‘varejo’ para seus clientes. E tem sido interessante acompanhar o interesse deles em aumentar esse porcentual de BDRs no portfólio”, diz.

    Apesar do vento contrário que a atratividade da renda fixa brasileira representa para os investimentos no exterior, Suydam avalia que é crescente o entendimento de que a diversificação internacional é uma oportunidade que não pode ser ignorada. “É um pouco de FOMO (sigla para fear of missing out). O ano foi incrível para o mercado americano, com retornos poderosos, e os investidores brasileiros estão com medo de ‘ficar de fora'”, afirma a executiva.

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