Disney projeta crescimento robusto nos lucros nos próximos anos; ações disparam
Ações da Disney subiam 10,2%, para US$ 113,17, a maior cotação em seis meses
As ações da Walt Disney subiam nesta quinta-feira (14) depois que a gigante do entretenimento divulgou lucros trimestrais que superaram as estimativas de Wall Street e apresentou uma previsão robusta para os próximos anos.
A empresa projetou um crescimento percentual ajustado do lucro por ação na casa de um dígito alto no ano fiscal de 2025, mesmo com despesas de capital de aproximadamente US$ 8 bilhões. Também disse que espera recomprar ações no valor de US$ 3 bilhões.
A Disney previu um crescimento de dois dígitos nos lucros por ação no ano fiscal de 2026 e 2027, à medida que seus investimentos em parques temáticos, sua frota de navios de cruzeiro e streaming pagam dividendos.
“Achamos que é apropriado darmos uma visão plurianual, porque esses investimentos são obviamente de natureza plurianual”, disse o diretor financeiro Hugh Johnston a investidores. “Em termos de nossa confiança na entrega, obviamente, temos confiança nisso. Caso contrário, não o faríamos.”
As ações da Disney subiam 10,2%, para US$ 113,17, a maior cotação em seis meses.
“Embora a Disney normalmente não emita orientações de longo prazo, esse relatório de lucros foi marcado por uma perspectiva otimista até 2027”, disse o vice-presidente da Emarketer, Paul Verna. “Os investidores aplaudiram os resultados.”
O recente sucesso da gigante do entretenimento nos cinemas ajudou a compensar a queda na receita operacional das divisões de Experiências e Esportes da empresa. O menor comparecimento em locais internacionais afetou os resultados dos parques temáticos, e os custos mais altos de programação e produção prejudicaram a ESPN.
A Disney divulgou lucros ajustados por ação de US$ 1,14 em seu quarto trimestre fiscal, encerrado em setembro. Isso se compara às estimativas de consenso de US$ 1,10 por ação, de acordo com analistas consultados pela LSEG.
A receita atingiu US$ 22,6 bilhões, ligeiramente acima das previsões de Wall Street de US$ 22,45 bilhões. O lucro operacional aumentou 23% em relação ao ano anterior, chegando a quase US$ 3,7 bilhões.
A receita operacional da unidade de entretenimento, que inclui filmes, televisão e streaming, mais do que dobrou, chegando a US$ 1,1 bilhão no trimestre, refletindo o retorno da comédia indicada ao Emmy “Only Murders in the Building”, do Hulu, e os filmes do verão norte-americano, incluindo “Deadpool & Wolverine” e “Alien: Romulus”.
Disney+, Hulu e ESPN+ produziram lucro operacional de US$ 321 milhões no trimestre, marcando o segundo trimestre consecutivo de lucratividade dos serviços de streaming.
Os ganhos com streaming ajudaram a compensar uma queda de 38% na receita operacional das redes de televisão tradicionais da Disney.
No segmento Experiências da Disney, que inclui parques e produtos de consumo, o lucro operacional caiu 6%, para US$ 1,66 bilhão.
A empresa registrou uma queda de 32% no lucro operacional dos parques internacionais, refletindo os custos de construção de novas atrações e a concorrência das Olimpíadas em Paris.
Na unidade de esportes, que inclui a rede ESPN e o negócio Star India, a receita operacional caiu 5%, para US$ 929 milhões. Para o ano inteiro, a receita operacional doméstica está 6% acima de 2023, com desempenho impulsionado pelo crescimento de dois dígitos na receita de anúncios.
Além da projeção para o ano fiscal de 2025, a Disney disse que espera um crescimento de dois dígitos no lucro por ação ajustado nos anos fiscais de 2026 e 2027.
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