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    Cosan cria empresa de gasodutos e quer atuar em termelétricas

    Compass Gás e Energia concentrará os negócios existentes da companhia em gás, incluindo a distribuidora Comgás

    Reuters

    Funcionário trabalha em unidade da Comgás

    Comgás é uma das empresas do grupo Cosan que fará parte na nova Compass

     

    Foto: Reprodução/Facebook

    O grupo de infraestrutura Cosan anunciou nesta segunda-feira o lançamento de uma nova empresa, a Compass Gás e Energia, que concentrará os negócios existentes da companhia em gás, incluindo a distribuidora Comgás.

    A Compass ainda buscará oportunidades de expansão tanto com projetos de gasodutos de escoamento quanto com empreendimentos de geração de energia, segundo comunicado da empresa nesta segunda-feira.

    “Na área de geração,o foco será buscar oportunidades de participação em projetos termelétricos a gás natural, com parceiros estratégicos”, afirmou a Cosan.

    O anúncio da nova empresa ocorre após a Cosan ter informado em dezembro a aquisição da comercializadora de energia Compass, por R$ 95 milhões.

    Raízen e combustíveis

    A Raízen, braço de combustíveis da Cosan, deverá participar da logística e comercialização em etanol de milho, cuja produção tem sido crescente no país, mas a companhia não deverá ser uma produtora, afirmou nesta segunda-feira Ricardo Mussa, que será o novo presidente da empresa a partir de abril.

    Durante apresentação em reunião de investidores da Cosan, Mussa afirmou que há questões, como investimento e descasamento de preços entre milho e etanol, que limitam o interesse da empresa no mercado do etanol do cereal.

    “Não vejo grandes vantagens para a Raízen estar verticalizada no etanol de milho, mas vamos participar na logística e trading”, declarou.

    O setor de etanol de milho tem avançado no Brasil e atraído interesse de grandes empresas como a chinesa Cofco, a “trading” de grãos Amaggi e a Raízen, conforme publicado pela Reuters com informações de fontes em meados de dezembro. 

    No final do ano passado, o país possuía oito usinas que convertem milho no biocombustível, além de outras seis em construção e pelo menos sete em fase de design.

    Ao ser questionado sobre os planos da Raízen na área de refino – ela participa de processo de desinvestimento em refinarias da Petrobras –, Mussa afirmou que o valor da eventual entrada da companhia nesse setor no Brasil estará “na integração” das atividades de combustíveis.

    A Raízen, que é uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, avalia ainda que haverá um benefício para o mercado, independentemente de quem sejam os novos donos das refinarias da Petrobras, já que o refino deixará de ter um monopólio estatal no país.

    “O ‘business’ de combustível vai se beneficiar, vai ser um ente privado. Não acho que é um ganho operacional (na atividade de refino), acho que é um ganho de ‘mix’, de como opera a refinaria, não acho que o ‘upside’ está em redução de custos”, comentou ele, durante sua apresentação.

    O executivo disse ainda que a Raízen se prepara para ser líder nas negociações de Cbios, os certificados de descarbonização estabelecidos pelo programa de incentivo aos biocombustíveis RenovaBio.

    Filipe Ferreira, presidente da Moove, a empresa de lubrificantes da Cosan, disse ainda estar confiante com a expansão do mercado de etanol na Índia, que avançou em produtividade de cana.

    Segundo ele, uma maior produção do biocombustível pelos indianos poderia ajudar a reduzir excedentes de açúcar.

    Ele não comentou, no entanto, em que prazo a Índia poderia avançar em etanol.

    Rumo e impactos do coronavírus

    A Rumo, empresa de logística da Cosan , não sentiu “nenhum impacto” da epidemia do coronavírus na China sobre os embarques de soja do Brasil, disse o presidente da companhia, João Alberto Abreu, durante o Cosan Day nesta segunda-feira.

    Segundo ele, o “lineup” de navios para soja no porto de Santos “é bastante robusto”.

    “O que temos feito é monitorar o esmagamento da China”, disse ele, acrescentando que o processamento da oleaginosa no maior importador global da commodity voltou aos níveis “originais” após o feriado do Ano Novo Lunar, que foi estendido em função do aumento dos casos de coronavírus.

    O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e deve participar este ano do mercado chinês com volumes semelhantes aos vistos no ano passado, de acordo com as informações disponíveis, disse ele.

    (Por Roberto Samora)

     

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