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    Companhias aéreas Flybondi e Jetsmart miram mercado brasileiro

    Fonte da Flybondi disse que aérea está avaliando possibilidade de operar voos domésticos no Brasil

    da Reuters

    As companhias aéreas Flybondi e Jetsmart estão mirando o Brasil como um dos principais destinos para voos nos próximos meses, buscando expandir rotas conforme o mercado se abre, disseram executivos de ambas as empresas.

    “É verdade que falta no Brasil uma linha aérea ultra ‘low-cost’? Provavelmente”, afirmou o presidente-executivo da chilena Jetsmart, Estuardo Ortiz, a jornalistas nesta quinta-feira.

    A empresa, que atualmente opera nove rotas dentro e fora do Brasil, vê o país como um “mercado instrumental” para suas operações, segundo Ortiz.

    A rival argentina Flybondi também está considerando expansões de rotas no Brasil, disse à Reuters o presidente-executivo, Mauricio Sana, em entrevista na quarta-feira (24).

    Nos últimos meses, a Argentina assinou uma série de acordos de “céus abertos” com outros países, incluindo o Brasil.

    O tratado com o Brasil aumenta o número de frequências de voos permitidas entre os países. Com o Chile e o Uruguai, por outro lado, permite a operação de voos domésticos na Argentina pelas companhias aéreas desses países, e vice-versa.

    “O acordo firmado com o Brasil é de frequências, de aumentar a quantidade de frequências, e portanto ainda não tem [o direito de operar voos domésticos]. Esse é um tema interessante, porque o governo [argentino] quer executá-lo”, disse uma fonte da Flybondi.

    Uma fonte da secretaria de transportes da Argentina confirmou esperar que um acordo desse tipo possa ser assinado.

    “[O Brasil] não tem companhias aéreas de baixo custo, tem a Gol e a Azul, que não são ‘low cost'”, disse a fonte da Flybondi. “Têm tarifas caríssimas e falta muita conectividade.”

    A fonte acrescentou que a Flybondi está avaliando a possibilidade de operar voos domésticos no Brasil.

    A Jetsmart, por sua vez, está se concentrando no momento “unicamente em voos internacionais”, disse Ortiz.

    O executivo também disse que as regulações no Brasil, como proteções rigorosas ao consumidor e uma proposta para incluir automaticamente o preço da bagagem nos custos das passagens, afetaram a “viabilidade” de operar no país, além dos custos elevados do combustível de aviação.

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