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    Com possível bloqueio, TikTok pode ser vendido nos EUA? Entenda

    Lei assinada em 2024 por Biden coloca rede social entre venda e banimento

    Da CNN

    Em cinco dias entra em vigor a lei que bloqueia o Tiktok nos Estados Unidos

    A empresa chinesa ByteDance tem até o próximo domingo (19) para convencer o Supremo Tribunal dos EUA a adiar a implementação da legislação ou achar um comprador estadunidense para a plataforma. 

    A encruzilhada em que a empresa se encontra acontece devido à lei assinada em abril passado, pelo presidente Joe Biden, que obriga a venda ou o banimento do Tiktok nos EUA.

    O fim da operação poderia ser prorrogado por 90 dias caso avanços significativos para achar um comprador fossem feitos. No entanto, não parece que a ByteDance esteja interessada em abrir mão da rede social.

    A chinesa afirmou repetidamente que o TikTok não está à venda. Mas isso não impede que haja um esforço entre empresários e interessados para adquirir a rede social. 

    Pretendentes

    Em março de 2024, Steven Mnuchin, que atuou como secretário do Tesouro dos EUA durante o primeiro mandato de Donald Trump, disse que havia reunido um grupo de investidores para comprar o TikTok.

    Na última quinta-feira (9), um outro grupo entrou na jogada. Formado pelo bilionário empresário e ex-proprietário do Los Angeles Dodgers, Frank McCourt, o grupo, que se autodenomina “The People’s Bid for TikTok” (A Proposta do Povo pelo TikTok), teria feito uma oferta formal para comprar o TikTok.

    Eles anunciaram que entregaram uma proposta à ByteDance para adquirir os ativos da rede social nos Estados Unidos, sem revelar o valor da oferta.

    A iniciativa é apoiada pela firma de investimentos Guggenheim Securities, além de tecnólogos e acadêmicos, incluindo Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web. McCourt afirmou que o grupo pretende trabalhar com o presidente eleito Donald Trump para concluir o negócio.

    E quem teria sido o mais recente novo pretendente na dança é o CEO da Tesla é da SpaceX, Elon Musk. Rumores que circularam pelo mercado indicavam que a China poderia se inclinar a vender a rede social ao empresário.

    Quando questionado sobre o assunto, o TikTok foi direto: “Não podemos comentar sobre algo que é pura ficção”.

    O que impede a venda?

    Há grandes obstáculos, incluindo a janela estreita para fechar um acordo e o valor amplamente variado do aplicativo.

    Um comprador provavelmente também não teria acesso ao poderoso algoritmo do aplicativo para fisgar usuários, que é exatamente o que torna o TikTok tão valioso. Justamente o algoritmo é o que levou a possível proibição do aplicativo.

    O plano do grupo de McCourt é adquirir a versão americana do TikTok sem seu famoso algoritmo, reconstruindo a plataforma com tecnologia projetada nos Estados Unidos.

    A proposta parece ser uma resposta às restrições chinesas de exportação, que exigem uma licença para vender tecnologias sensíveis.

    No entanto, muitos usuários e especialistas em redes sociais questionam se uma venda que exclua o algoritmo seria viável, considerando que a tecnologia que decide o que aparece no feed “For You” é um dos principais fatores de popularidade do aplicativo.

    Outras gigantes da tecnologia têm enfrentado dificuldades para replicar esse mecanismo.

    O Departamento de Justiça dos EUA afirma que, sob propriedade chinesa, o TikTok representa uma séria ameaça à segurança nacional devido ao seu acesso a vastos dados pessoais de norte-americanos, afirmando que a China pode manipular secretamente as informações que os usuários consomem por meio do aplicativo.

    No entanto, o governo da China tem uma “parte de ouro” na ByteDance, que vários membros do Congresso disseram dar ao governo poder sobre o TikTok. Poder esse que o governo chinês não tem interesse em abrir mão, segundo o noticiário que cobre o caso.

    O TikTok disse anteriormente que a participação do governo “não tem influência nas operações globais da ByteDance fora da China, incluindo o TikTok”.

    Ainda há muitas sobre como a proibição funcionaria na prática, uma vez que não há precedentes legais para o governo dos EUA bloquear uma grande plataforma de mídia social. 

     

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