Biden concede US$ 19,5 bi à Intel para aumentar produção de chips nos EUA
Presidente disse que pandemia impulsionou escassez aguda de semicondutores, impactando no fechamento de fábricas e aumento dos preços
O presidente norte-americano, Joe Biden, concedeu à Intel quase US$ 20 bilhões (R$ 99,4 bilhões) em subsídios e empréstimos nesta quarta-feira (20), turbinando a produção doméstica de chips semicondutores da Intel no maior desembolso pelo governo dos Estados Unidos para a produção de chips de primeira linha.
Biden anunciou o acordo preliminar de US$ 8,5 bilhões (R$ 42,2 bilhões) em subsídios e até US$ 11 bilhões (R$ 54,6 bilhões) em empréstimos para a Intel no estado do Arizona, onde parte do financiamento será usada para construir duas novas fábricas e modernizar uma já existente.
Biden disse que a pandemia impulsionou uma escassez aguda de semicondutores, que forçou o fechamento de fábricas e o aumento dos preços, e que desde então está determinado a investir nos Estados Unidos.
“Permitiremos que a fabricação avançada de semicondutores retorne aqui na América depois de 40 anos”, disse o presidente norte-americano.
Biden, um democrata, também atacou o adversário Donald Trump, dizendo que, sob as políticas do ex-presidente republicano, as empresas transferiam empregos para o exterior e que os cortes de impostos de Trump beneficiavam grandes corporações.
A secretária do Departamento de Comércio, Gina Raimondo, classificou o investimento na terça-feira como um dos maiores de todos os tempos na fabricação de semicondutores nos EUA.
Ela disse que o governo espera aumentar a participação dos EUA na produção de chips avançados de 0% para 20% até 2030 por meio do programa de subsídios.