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    Arábia Saudita pode investir US$ 50 bi para ampliar produção de petróleo em 2022

    Estatal petrolífera de Dubai, Aramco, disse que planeja aumentar sua "capacidade máxima sustentável" de petróleo bruto para 13 milhões de barris por dia até 2027

    Da Reuters

    A estatal petrolífera de Dubai, Aramco, sob pressão do Ocidente para aumentar a produção em meio à alta dos preços, prometeu no domingo (20) aumentar os investimentos em cerca de 50% este ano, ao relatar uma duplicação nos lucros de 2021.

    Os preços do petróleo saltaram 50% no ano passado, com a recuperação da demanda da pandemia da Covid-19, e depois subiram acima de US$ 100 o barril para máximas de 14 anos em fevereiro, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, levando os países ocidentais a pedir aos principais produtores que aumentem a produção.

    A Aramco disse que aumentaria suas despesas de capital (capex, da sigla em inglês) para US$ 40-50 bilhões este ano, com mais crescimento esperado até meados da década.

    O capex foi de US$ 31,9 bilhões no ano passado, um aumento de 18% em relação a 2020 — indicando um aumento de cerca de 50% para este ano no meio da faixa de orientação.

    Questionado se a Aramco bombearia mais petróleo para preencher quaisquer lacunas no mercado deixadas pela guerra na Ucrânia, o CEO Amin Nasser disse que produziria de acordo com as diretrizes do ministério de energia saudita.

    A empresa disse que planeja aumentar sua “capacidade máxima sustentável” de petróleo bruto para 13 milhões de barris por dia até 2027 e quer aumentar a produção de gás em mais de 50% até 2030. Sua produção média de hidrocarbonetos foi de 12,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia no ano passado.

    A Aramco obteve US$ 110 bilhões em lucro líquido em 2021, acima dos US$ 49 bilhões do ano anterior e em comparação com a estimativa média dos analistas de US$ 106 bilhões, segundo o Refinitiv Eikon. Com um aumento na produção e nos preços, os analistas esperam que o lucro líquido atinja US$ 140 bilhões em 2022.

    As ações da Aramco subiram mais de 4% no início do pregão para uma alta de 43,85 riais, avaliando-a em 8,76 trilhões de riais (US$ 2,34 trilhões).

    Uma avaliação de US$ 2 trilhões era uma meta buscada pelo líder saudita, príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, antes da oferta pública inicial recorde de US$ 29,4 bilhões da empresa em 2019. Ele anunciou planos de vender mais ações da Aramco.

    O aumento na avaliação da Aramco no domingo a colocou acima da Microsoft, embora permaneça atrás dos US$ 2,68 trilhões da Apple.

    O governo saudita disse no mês passado que o príncipe herdeiro Mohammed, que está liderando um enorme esforço de investimento para diversificar a economia do reino, transferiu 4% das ações da Aramco para o fundo soberano do país.

    Impulsionando o capex

    “Eles estão aumentando substancialmente o reinvestimento e provavelmente usarão (o fluxo de caixa livre) para desalavancar o balanço”, disse Yousef Husseini, chefe da equipe de materiais da EFG Hermes Research.

    A Aramco disse que seu fluxo de caixa livre foi de US$ 107,5 bilhões no ano passado, em comparação com US$ 49,1 bilhões em 2020. Ela declarou um dividendo de US$ 75 bilhões para 2021, em linha com sua promessa anterior.

    A empresa disse que também planeja desenvolver uma capacidade significativa de exportação de hidrogênio e se tornar líder global em tecnologia de captura e armazenamento de carbono.

    Nasser disse em uma teleconferência de resultados que a demanda global por petróleo está crescendo de forma saudável e a capacidade de produção ociosa está diminuindo.

    Em um comunicado separado, ele disse que “embora as condições econômicas tenham melhorado consideravelmente, as perspectivas permanecem incertas devido a vários fatores macroeconômicos e geopolíticos”.

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