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    Apple escapa de crise dos chips, mas outros fabricantes podem ter que esperar

    Empresas de semicondutores tendem a dar prioridade para companhias maiores, como a Apple, por causa de seu enorme poder de compra

    Por Nivedita Balu, da Reuters

    O triunfo da Apple sobre a escassez global de chips na cadeia de suprimentos sinalizou boas notícias em meio a mercados problemáticos ao redor do mundo.

    A empresa, que havia alertado há três meses que problemas de fornecimento prejudicariam sua receita no quarto trimestre do ano passado, divulgou na quinta-feira (28) resultados recordes impulsionados em grande parte por seus celulares.

    “A maioria dos problemas de restrição de oferta acabou para a Apple, mas não necessariamente para todos os outros fabricantes”, disse Bob O’Donnell, analista-chefe da TECHnalysis Research.

    As empresas de semicondutores tendem a dar prioridade para companhias maiores, como a Apple, por causa de seu enorme poder de compra, grande demanda por seus produtos e capacidade da empresa de fazer pedidos personalizados de componentes usados ​​em seus produtos.

    Ainda assim, embora a Apple tenha um serviço melhor para chips mais sofisticados, como muitos outros, a empresa enfrentou problemas com alguns dos chips de tecnologia mais antiga, disse Lou Miscioscia, analista da Daiwa Capital Markets.

    Os chips usados ​​nos iPads, que registraram queda de 14% nas vendas, usam chips com tecnologia mais antiga e os suprimentos desses processadores são mais escassos, disse o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, a analistas.

    Cook disse que as restrições nos chips mais antigos foram muito significativas no último trimestre do ano passado.

    “No geral, vemos uma melhora nas restrições de oferta no trimestre que termina em março em relação ao trimestre de dezembro”, disse ele.

    Analistas e líderes de mercado na área de semicondutores tinham esperanças de que os problemas de fornecimento fossem amenizados ainda este ano.

    “Isso continuará sendo uma preocupação para a indústria, mas a Apple pode ser a exceção à regra”, disse Romeo Alvarez, analista de tecnologia da William O’Neil.

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