Ambipar quer valorizar reciclagem de vidro no Brasil, diz executivo ao CNN Money
Felipe Cury, head de pós-consumo da companhia, explica que dificuldade de descarte e coleta do material para reciclagem cria barreiras para que partes envolvidas no processo vejam benefício econômico
A Ambipar visa aumentar os índices de reciclagem de vidro no Brasil e gerar maior interesse dos profissionais de reutilização na matéria-prima, afirmou Felipe Cury, head de pós-consumo da companhia, em entrevista ao CNN Money.
Cury explica que a dificuldade de descarte e coleta do material para reciclagem cria barreiras para que partes envolvidas no processo vejam benefício econômico.
“O consumidor pode ter dificuldade para descartar de maneira adequada, por se tratar de difícil manuseio e um material perfurocortante. Ao mesmo tempo, os catadores fazem um trabalho invisível ao realizar essa captação que não tem um benefício econômico muito alto agregado.”
O executivo destaca a dificuldade no processo de captação do vidro ao comparar com a alta atratividade do alumínio.
“O alumínio é um material de manuseio e captação muito fácil e, como matéria-prima, tem um alto valor agregado, com valores de até R$ 7 por quilo. Em contrapartida, o caco de vidro, quando muito, chega a 20 centavos.”
A Ambipar, em parceria com o Grupo Heineken, abriu uma unidade de circularidade de vidro em Jaboatão dos Guararapes (PE), com investimento de R$ 8 milhões, informou a cervejaria. Esse será o primeiro centro de beneficiamento de vidro do Brasil.
“O nosso trabalho com a participação da Heineken é valorizar o valor do vidro, para que a gente tenha maior interesse dos profissionais de reciclagem na matéria-prima e assim aumentar os índices de reciclagem no Brasil.”
Uma unidade do tipo também deve ser inaugurada na Bahia até o final deste ano.