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    Negativa do Ibama para exploração na Margem Equatorial “desanima” o setor, diz presidente da Shell

    Na avaliação do executivo, "está na hora" de o Brasil avançar sobre outras bacias sedimentares, para além de Campos e Santos

    Gabriel Vasconcelos, do Estadão Conteúdo

    O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, disse nesta quinta-feira (15) que a negativa do Ibama à Petrobras para o início da exploração na Margem Equatorial no litoral do Amapá “desanima” o setor, porque havia expectativa positiva sobre a obtenção da licença ambiental.

    Na avaliação do executivo, “está na hora” de o Brasil avançar sobre outras bacias sedimentares, para além de Campos e Santos. Mas, segundo ele, é preciso que o País tome uma decisão estratégica sobre ir ou não nessa direção.

    Costa falou a jornalistas durante o lançamento do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono da Coppe/UFRJ, na sede da universidade, na zona norte do Rio de Janeiro.

    “(A negativa do Ibama) desanima um pouco, porque a expectativa era diferente. Mas acho que a conversa entre diferentes setores com a indústria e a sociedade é que vai levar a uma decisão”, disse o presidente da Shell no Brasil.

    Embora a Shell concentre suas atividades nas bacias do Sudeste (Campos, Santos e Espírito Santo) e não tenha planos de E&P de curto prazo para o Norte do país, Pinto da Costa disse que a companhia anglo-holandesa acredita no potencial geológico da Margem Equatorial, província que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte.

    “Temos 25 bacias exploratórias no Brasil, duas muito bem exploradas: Campos e Santos, que geraram receita, empregos e royalties. Acho que está na hora de o Brasil olhar outras bacias exploratórias além dessas”, disse.

    “Nós acreditamos no potencial geológico (da Margem), mas é preciso decidir se o Brasil quer ir nessa direção. Se quiser, a Shell vai olhar e decidir depois especificamente se faz sentido técnica e economicamente participar”, afirmou Pinto da Costa.