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    Microsoft planeja retorno do Clippy, mas agora com inteligência artificial

    Clippy era um assistente virtual da Microsoft que costumava aparecer oferecendo ajuda para formatar seu texto

    Allison Morrowda CNN , Nova York

    Esta semana, a Microsoft confirmou que planeja investir bilhões na OpenAI, a empresa por trás da nova ferramenta de chatbot viral, o ChatGPT.

    A perspectiva da Microsoft se envolver com o ChatGPT está gerando muita desconfiança.

    Quase imediatamente, as pessoas começaram a brincar nas redes sociais de que o ChatGPT poderia ser usado para reviver o “assistente” amplamente caluniado e de olhos grandes, Clippy.

    Caso alguém tenha esquecido, Clippy era o pequeno assistente virtual da Microsoft que costumava aparecer oferecendo ajuda para formatar seu texto. Clippy era fofo, como um cachorro de desenho animado, e tinha uma inteligência à altura.

    Talvez a tecnologia genuinamente impressionante que sustenta o ChatGPT pudesse fazer o que Clippy nunca conseguiu e oferecer ajuda real, em vez de simplesmente aparecer sem avisar com aquele olhar inocente e meio surpreso em seu rosto.

    Samantha Murphy Kelly conversou com especialistas em inteligência artificial sobre a perspectiva de uma parceria Microsoft-ChatGPT.

    “Há um fundo de verdade na comparação com Clippy”, disse David Lobina, analista de inteligência artificial da ABI Research, à Samantha. “O ChatGPT é uma ferramenta de preenchimento automático bastante sofisticada e, nesse sentido, é uma versão muito melhor do Clippy”.

    Desde novembro, o ChatGPT impressionou e horrorizou praticamente todos cujo trabalho se concentra na criação de conteúdo ou na avaliação do mesmo – jornalistas, acadêmicos, professores, editores, artistas, qualquer um que escreva e-mails ou apresente informações.

    Esse bot faz de tudo – canções, poemas, ensaios, notícias, notícias no estilo do escândalo dos anos 1920, notícias no estilo fluxo de consciência de Virginia Woolf, o que seu coração desejar. Ele pode escrever seus e-mails para você. Pode criar um discurso. Seus votos de casamento. Uma carta de apresentação para um pedido de emprego.

    Esse poder da inteligência artificial é, compreensivelmente, uma proposta intrigante para a Microsoft, fabricante de alguns dos softwares mais onipresentes do mundo, como Outlook, Word e Excel.

    “Alguns casos de uso em potencial incluem escrever linhas de texto para uma apresentação do PowerPoint, redigir um ensaio no Word ou inserir dados automaticamente em planilhas do Excel. Para o mecanismo de busca da Microsoft, o Bing, o ChatGPT pode fornecer resultados de busca mais personalizados e resumir melhor as páginas da web.”

    O trecho acima foi gerado ao perguntar ao ChatGPT várias formas da questão: “Como a Microsoft poderia integrar o ChatGPT em seus produtos?”.

    De qualquer forma, a Microsoft não ofereceu publicamente nenhuma pista sobre seus planos além de dizer que integraria os recursos do ChatGPT ao seu serviço de computação em nuvem.

    Mesmo sem detalhes, é interessante que a Microsoft, o equivalente a um millenial ou alguem da geração X no Vale do Silício, de repente pareça estar na vanguarda da corrida de inteligência artificial das Big Tech.

    O Google teria sido pego de surpresa pela parceria Microsoft-OpenAI, e isso despertou alguma frustração para o chefe de inteligência artificial da Meta.

    Página do ChatGPT, da empresa OpenAI / CNN

    Obviamente, a tecnologia de inteligência artificial ainda é jovem, pouco confiável e repleta de dilemas éticos.

    “Sistemas como o ChatGPT podem não ser confiáveis, inventando coisas e dando respostas diferentes para as mesmas perguntas – sem mencionar os preconceitos sexistas e racistas”, diz Lobina.

    O que aumenta a perspectiva de um ajudante de clipe de papel antropomórfico que poderia genuinamente ajudá-lo, mas também ser genuinamente tão problemático e tendencioso quanto a matéria da internet a partir da qual seu cérebro é construído.

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