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    Bolsa salta 4,3% e dólar cai a R$ 5 após dados de inflação abaixo do esperado

    Alta da bolsa foi a maior em seis meses. Ações da Gol subiram 17%, da Azul avançaram 13,8% e, da Magazine Luiza, 12,8%

    Da CNN* , em São Paulo

    O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira em forte alta e o dólar voltou para os R$ 5 após a divulgação de uma inflação mais fraca do que o esperado para março, o que alimenta as expectativas por uma aceleração no processo de corte de juros.

    O principal índice acionário da bolsa brasileira subiu 4,29%, aos 106.213,76 pontos, com ações ligadas ao turismo e ao varejo subindo mais de 10%.

    Foi a maior alta do índice em seis meses, desde 3 de outubro do ano passado, quando o índice subiu 5,54% às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais.

    O dólar recuou 1,14% e fechou cotado a R$ 5,008 na venda, em um dia em que a moeda de referência registrou amplas perdas contra seus pares globais.

    Liderando as altas do Ibovespa, as ações da Gol subiram 17,13% e, as da Azul, 13,81%. Magazine Luiza teve alta de 12,84%, Hapvida subiu 12,77% e a CVC, 11,62%, estimuladas pelo cenário prospectivo de juros mais baixos e melhora do consumo.

    Os investidores domésticos reagiram positivamente aos dados de março do IPCA, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    O índice oficial de inflação do país subiu 0,71% em março, abaixo do esperado, e acumula agora 4,65% em 12 meses, ante 5,60% na leitura de fevereiro.

    Foi a primeira vez que a inflação em 12 meses ficou abaixo de 5% desde janeiro de 2021.

    Os números abriram espaço para a busca de ativos de maior risco, como as ações de empresas brasileiras, e favoreceram o real, em meio à avaliação de que o novo marco fiscal, apresentado recentemente pelo governo, também reduz as chances de descontrole da dívida pública.

    Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “provável” que a proposta seja apresentada ao Congresso até essa sexta-feira (14). O texto será entregue com a LDO, que deve ser apresentada até o dia 15 de abril.

    Segue também do radar dos investidores domésticos a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, que deveria ter acontecido no dia 25 de março, mas foi adiada por conta de um diagnóstico de pneumonia.

    Durante a viagem, Lula visa para abrir o mercado do gigante asiático para mais produtos brasileiros e ampliar os investimentos chineses no Brasil.

    Dados de inflação dos EUA

    Investidores estão atentos aos dados de inflação nos Estados Unidos agendados para quarta-feira (12). Qualquer número forte deve alimentar apostas de que o Federal Reserve continuará elevando os juros em sua próxima reunião de política monetária, no início de maio.

    Atualmente, os mercados futuros já precificam cerca de 70% de chance de o banco central norte-americano subir sua taxa básica em 0,25 ponto percentual.

    Por outro lado, com a taxa Selic ainda em 13,75%, o Brasil segue oferecendo uma rentabilidade muito atraente para agentes financeiros externos, o que tem sustentado o real nas últimas semanas.

    O Citi disse em relatório desta terça-feira que é provável que os mercados globais operem em “modo de realização de lucros” antes dos dados de inflação dos EUA, mas reafirmou seu otimismo em relação a moedas latino americanas de alto retorno — incluindo o real.

    *Com informações de Reuters

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