Wall Street opera em queda em semana recheada de dados
Setor industrial dos EUA subiu neste mês com uma melhora no nível de emprego
Os principais índices de Wall Street recuavam nesta terça-feira (3), com os investidores avaliando os dados mais recentes sobre a atividade industrial dos Estados Unidos antes da divulgação de uma série de números ao longo da semana que poderão influenciar o tamanho do afrouxamento da política monetária a ser realizado pelo Federal Reserve este ano.
Um indicador do setor industrial dos EUA subiu em agosto em relação à mínima de oito meses registrada em julho, devido a alguma melhora no nível de emprego, mas a tendência geral continuou apontando para uma atividade fraca.
O setor industrial do S&P 500 recuava mais de 1,5% nesta terça-feira, com ações da Caterpillar e da 3M pesando sobre o Dow Jones.
Investidores aguardam uma série de dados sobre o mercado de trabalho a serem divulgados durante a semana, incluindo o relatório de emprego fora do setor agrícola de agosto, na sexta-feira.
O mercado de trabalho passou a ser mais examinado, depois que o relatório de julho sugeriu uma desaceleração maior do que a esperada nos EUA, o que, consequentemente, provocou uma venda global de ativos de maior risco.
A reunião do banco central dos EUA neste mês será observada de perto, após o recente apoio do chair, Jerome Powell, a um ajuste da política monetária.
As chances de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros estão em 61%, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, enquanto a probabilidade de uma redução de 50 pontos-base está em 39%.
“É apenas especulação sobre o Fed. Se houver qualquer tipo de fraqueza econômica, os investidores acreditam que o Fed responderá reduzindo os juros de forma mais agressiva”, disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research.
O Dow Jones caía 1,01%, a 41.143,49 pontos. O S&P 500 tinha queda de 1,35%, a 5.572,36 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 2,20%, a 17.323,23 pontos.
Nove dos 11 setores do S&P 500 caíam, liderados por uma queda de 3% nas ações de energia, devido à fraqueza dos preços do petróleo.