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    Tamanho do corte de juros pelo Fed neste mês dependerá de saúde do mercado de trabalho

    Empregos abertos em julho caíram para nível mais baixo em três anos e meio e podem aumentar a sensação, podendo reforçar os argumentos a favor de um corte maior nos juros

    Por Ann Saphir, da Reuters

    As autoridades do Federal Reserve (Fed) estão cada vez mais atentas ao mercado de trabalho dos Estados Unidos enquanto se preparam para a reunião de política monetária deste mês, quando sua avaliação do setor será fundamental para determinar o tamanho do corte da taxa de juros que farão.

    Analistas esperam de forma geral que o Fed se atenha a uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p) já que os empregadores continuaram a contratar, embora em um ritmo mais lento do que antes, e com a taxa de desemprego em alta mas ainda em um nível relativamente baixo de 4,3%.

    Porém, dados divulgados nesta quarta-feira (4) mostrando que as vagas de emprego em aberto em julho caíram para o nível mais baixo em três anos e meio podem aumentar a sensação de que o mercado de trabalho pode estar se aproximando de um ponto de inflexão, podendo reforçar os argumentos a favor de um corte maior nos juros.

    A relação entre vagas em aberto e candidatos — que o chair do Fed, Jerome Powell, e outros banqueiros centrais dos EUA disseram acompanhar de perto — está agora abaixo da média pré-pandemia.

    Após o relatório, os mercados financeiros aumentaram as apostas em um corte maior dos juros na reunião do Fed de 17 e 18 de setembro. Os futuros agora apontam que um corte de 0,5 p.p é quase tão provável quanto um corte de 0,25 p.p.

    “O relatório sugere que o mercado de trabalho está esfriando e que o ritmo de esfriamento pode estar acelerando”, escreveu a economista-chefe da ZipRecruiter, Julia Pollak, que faz parte da minoria de analistas que acham que o Fed deveria ter começado a cortar os juros em julho.

    Por sua vez, as autoridades do Fed disseram que esperam que o próximo relatório mensal de empregos, a ser publicado na sexta-feira, e os dados do índice de preços ao consumidor de agosto, na próxima semana, direcionem seu julgamento sobre a próxima decisão de política monetária.

    A direção de seu próximo passo, entretanto, não está em dúvida.

    “Não devemos manter uma política restritiva por muito tempo”, disse o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, em um ensaio publicado no site do banco regional antes dos dados desta quarta-feira.

     

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