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    Santander eleva projeção de crescimento do Brasil em 2024 e vê Selic mais alta

    Apesar do impacto negativo das enchentes no Rio Grande do Sul, projeção para o PIB em 2024 subiu para 2,0%

    O aumento se dá apesar de o Santander considerar um impacto negativo de 0,3 ponto percentual no PIB por conta das enchentes no Rio Grande do Sul
    O aumento se dá apesar de o Santander considerar um impacto negativo de 0,3 ponto percentual no PIB por conta das enchentes no Rio Grande do Sul 09/01/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

    Reuters

    da Reuters

    O Santander Brasil elevou a perspectiva para o crescimento econômico brasileiro em 2024 apesar do impacto negativo das enchentes no Rio Grande do Sul, e passou a ver a taxa básica de juros mais alta tanto este ano quanto no próximo.

    A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2024 subiu a 2,0%, de 1,8% previsto em abril, de acordo com relatório assinado pela economista-chefe Ana Paula Vescovi e equipe, mantendo a perspectiva de expansão em 2025 em 2%.

    O aumento se dá apesar de o Santander considerar um impacto negativo de 0,3 ponto percentual no PIB por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, que já deixaram 154 mortos e mais de 540 mil desalojados.

    “Elevamos nossa projeção do PIB para 2024, mas vemos um aumento dos riscos em ambos os lados. Vemos agora um mercado de trabalho ainda mais forte, com perspectiva de que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos por mais tempo, com riscos de uma desocupação ainda menor. Assim, aumentamos nossa projeção do PIB para 2024”, apontou o banco no relatório.

    Do lado negativo, o Santander disse que a revisão foi menor devido aos impactos baixistas das inundações no Rio Grade do Sul sobre a atividade anual.

    “O impacto negativo das enchentes no Rio Grande do Sul pode ser maior do que a nossa estimativa inicial, considerando que a extensão total dos danos ainda é incerta”, disse.

    Em relação à taxa básica de juros Selic, atualmente em 10,5%, o banco elevou suas projeções para 2024 e 2025 respectivamente a 9,75% e 9,0%, de 9,0% e 8,0% antes, citando riscos altistas uma vez que continuidade do ciclo de afrouxamento depende de as expectativas de inflação não piorarem muito mais à frente.

    “Com grau de incerteza muito elevado e balanço de risco assimétrico, temos viés altista para essa projeção, haja vista que poderá depender de medidas críveis de ajuste fiscal pelo governo para re-ancorar expectativas e se viabilizar”, apontou o relatório.

    O cenário base considera um corte de 0,25 ponto percentual em junho, e pausa até novembro, quando o Santander vê o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve, o que avalia que abrirá espaço para mais dois cortes de 0,25 ponto na Selic este ano.

    O Santander ainda manteve a perspectiva de inflação em 2024 em 3,4%, mas baixou a de 2025 em 0,2 ponto percentual, a 3,8%.

    “No entanto, a alta recente das commodities em real, as enchentes no Rio Grande do Sul, a volatilidade da taxa de câmbio devida ao cenário externo, os conflitos geopolíticos e o mercado de trabalho apertado aumentaram a incerteza para o ano (de 2024)”, alertou o banco no relatório.