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    Petróleo fecha sem sinal único, com dólar, China e ação da UE contra Rússia

    Tipo Brent para fevereiro recuou 0,10% nesta quinta-feira (1°), cotado a US$ 86,88 o barril

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo não tiveram direção única, nesta quinta-feira (1º) após ganhos fortes da sessão anterior. A commodity foi apoiada pelo recuo do dólar, com atenção também para a perspectiva de potencial relaxamento nas regras mais rígidas da China para conter a covid-19.

    Ao mesmo tempo, a União Europeia (UE) tinha negociações internas para avançar com um limite para o preço do petróleo da Rússia, a fim de punir Moscou pela guerra na Ucrânia.

    O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,83% (US$ 0,67), em US$ 81,22 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro recuou 0,10% (US$ 0,09), a US$ 86,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas fortes, o que torna o petróleo, cotado na divisa americana, mais barato para os detentores das demais moedas e apoia a demanda.

    Além disso, continuava a haver foco na possibilidade de que Pequim relaxe sua atual política rígida para conter a covid-19. O Commerzbank acredita que o relaxamento ocorrerá, mas adverte que o processo não será rápido.

    Segundo a Oanda, o petróleo era apoiado pela esperança de que a China continuará a relaxar as restrições contra o vírus. Ela acredita que o preço dos contratos deve encontrar uma faixa para oscilar, antes de decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre eventuais ajustes em sua estratégia para o mercado, e vê um ponto importante de resistência no WTI em US$ 84,55 o barril e um nível de suporte em US$ 81,20 o barril.

    Sobre a Opep+, para a Oxford Economics o grupo de produtores deve considerar cortes maiores na produção, para apoiar os preços. A consultoria acredita, contudo, que a Opep+ deve manter a política atual, deixando eventuais mudanças para 2023, quando houver mais clareza sobre ajustes na estratégia da China contra a covid-19 e o impacto do teto planejado para o petróleo russo.

    Se não houver ventos contrários, a Oxford espera que o Brent fique em média em US$ 92,10 o barril em 2023.

    Já na UE, a agência Dow Jones Newswires reportava, a partir de fontes, que avançavam as negociações para impor um teto no preço do petróleo russo. A intenção do bloco é punir a Rússia pela guerra na Ucrânia, mas sem que isso provoque mais altas nos preços de energia.

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