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    Petróleo fecha em queda, após volatilidade, de olho em estoques e reservas

    Segundo a Capital Economics, o novo cenário sugere que os preços do petróleo não devem cair como previsto anteriormente

    Ilana Cardial, do Estadão Conteúdo

    Os contratos do petróleo fecharam em baixa no mercado futuro nesta quinta-feira (20) após apresentar volatilidade ao longo da sessão. No radar das mesas de operação, estiveram os dados de estoques do petróleo nos Estados Unidos e a possibilidade do país acelerar liberação de reservas estratégicas.

    O petróleo Brent para março caiu 0,07% (US$ 0,06), a US$ 88,38, a US$ 88,44 o xxxx, na Intercontinental Exchange (ICE). Já o WTI para o mesmo mês recuou 0,35% (US$ 0,25), a US$ 85,55 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

    Nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo subiram em 515 mil barris na semana passada, contrariando a expectativa de queda de analistas. A reação dos ativos, que subiram no momento da divulgação, foi marginal.

    Ao longo do dia, porém, perderam fôlego. Paralelamente, o dólar avançava ante rivais, o que tende a encarecer o preço das commodities para detentores de outras moedas.

    Ainda hoje, em entrevista à Bloomberg TV, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, disse que os EUA irão trabalhar para acelerar a liberação de reservas estratégias de petróleo. “Isso está atualmente em andamento”, disse ele.

    Com as questões de oferta recentes, a Capital Economics reviu sua projeção para os ativos do petróleo. Na avaliação da consultoria, o novo cenário sugere que os preços do petróleo não devem cair como previsto anteriormente.

    “Como resultado, a porta para uma política fiscal mais flexível no Golfo permanecerá aberta por um pouco mais do que prevíamos”, diz James Swanston, economista para o Oriente Médio e África do Norte.

    A expectativa agora é que o Brent termine 2022 a US$ 70 o barril e 2023 a US$ 65 por barril. Anteriormente, as projeções eram de US$ 60 e US$ 55 por barril, respectivamente.

    O principal impulsionador dessa mudança é a consideração de um menor crescimento na oferta pela Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), já que a Rússia e alguns dos produtores menores do grupo, como Angola e Nigéria, “lutam para cumprir suas cotas”, diz a Capital.

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