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    Petróleo fecha em queda após sessão volátil com decisão de adiamento de cortes pela Opep+

    Segundo Opep+, a partir de abril cortes serão gradualmente revertidos até setembro de 2026

    Thais Porsch*, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (5). Em dia volátil, marcado pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), o mercado pareceu estar um pouco decepcionado após oito países do grupo aceitarem prorrogar até março de 2025 os cortes de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) na produção da commodity – planejados para terminar agora em dezembro.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 0,35% (US$ 0,24), a US$ 68,30 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,3% (US$ 0,22), a US$ 72,09 o barril.

    Segundo a Opep+, a partir de abril os cortes serão gradualmente revertidos até setembro de 2026.

    A decisão de adiamento mostra que o grupo está preocupado com um possível excesso de oferta e com a falta de cumprimento das metas por parte de alguns países membros, afirma Mukesh Sahdev, da Rystad Energy.

    “O sinal geral para o mercado é construtivo e provavelmente evitará qualquer queda nos preços no curto prazo”, diz ele.

    A deliberação dá a Opep+ algum tempo, mas o cenário de fraca demanda global de petróleo significa que o grupo pode facilmente voltar a uma posição semelhante daqui a três meses, explica a Capital Economics.

    O atraso restringirá o mercado global de petróleo em cerca de 0,5% da demanda e sustentará os preços na margem.

    “Agora julgamos que o mercado estará mais ou menos em equilíbrio em 2025 como um todo, em comparação com nossa previsão anterior de um pequeno excedente”, acrescenta a empresa de pesquisa econômica.

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