Petróleo fecha em alta, após PMIs fortes e de olho em tensões no Oriente Médio
Também permaneceu no radar de investidores nesta quinta notícia de que a Índia ultrapassou a China como maior importadora de petróleo russo
O petróleo subiu nesta quinta-feira (22) em compensação após quatro pregões consecutivos de queda, de olho no Oriente Médio, e depois da leitura do Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar dos Estados Unidos influenciar a perspectiva da demanda pela commodity positivamente.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,5% (US$ 1,08), a US$ 73,01 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 1,54% (US$ 1,17), a US$ 77,22 o barril.
Nesta quinta, a leitura preliminar do PMI composto dos EUA em agosto superou as expectativas de analistas, assim como o PMI composto da zona do euro, que teve um avanço inesperado na componente de serviços.
Com isso, as preocupações com uma atividade fraca em ambas as economias arrefeceram, dando impulso aos preços. Segundo a Pantheon, a leitura do PMI norte-americano hoje “é consistente com um forte e contínuo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”.
Somado a isso, as tensões geopolíticas seguem mantendo os riscos de oferta no radar. As negociações por um cessar-fogo seguem travadas entre Israel e Hamas, e alguns mediadores do acordo têm se demonstrado céticos com a possibilidade de avanço.
De acordo com a Capital Economics, um tratado de paz “parece cada vez mais distante”.
Sem um acordo, é possível que o Irã devolva a retaliação feita por israelenses nas últimas semanas. Além disso, o conflito entre Ucrânia e Rússia continua se desenvolvendo, agora em solo russo.
Também permaneceu no radar de investidores nesta quinta a notícia de que a Índia ultrapassou a China como maior importadora de petróleo russo, com a commodity de Moscou representando 44% das importações totais indianas.
Segundo o Commerzbank, a demanda global de petróleo caminha para uma estabilização, mas a capacidade de produção global tende a aumentar substancialmente nos próximos anos, com os países que não são integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aproveitando dos esforços do cartel de manter os preços artificialmente elevados para vender a preços mais altos, antes que o excesso de oferta pese sobre o valor do barril.