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    Opep prevê aumento no consumo de petróleo em 2021 e preço do barril sobe

    O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,25% em Nova York, em US$ 53,57 o barril

    Matheus Andrade, do , Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 14, em meio a uma sessão com grande volatilidade, marcada pela divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

    A perspectiva da organização é de uma alta na demanda global em 2021. Impulsionando a commodity, a sessão contou ainda com a expectativa pelo anúncio de um novo pacote fiscal pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Por outro lado, a China divulgou nesta quinta uma queda nas importações da commodity no último mês, o que conteve os preços do barril.

    O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,25%, em US$ 53,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março avançou 0,64% a US$ 56,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    A Opep manteve sua projeção de alta na demanda global por petróleo em 2021 em 5,9 milhões de barris por dia (bdp), para 95,9 milhões de bpd.

    A expectativa do cartel é de crescimento de 2,6 milhões de bpd na demanda dentro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao longo do ano, ainda abaixo dos níveis anteriores à pandemia, e de alta de 3,3 milhões de bpd na demanda fora do grupo, impulsionada por China, Índia e outros países da Ásia.

    “Em suma, prevemos que a produção da Opep em breve cairá ainda mais abaixo da cota, o que deve ajudar a manter o mercado global de petróleo em um déficit persistente e a sustentar os preços”, avalia a Capital Economics sobre o relatório.

    Na China, as importações do país registraram o nível mais baixo desde setembro de 2018 para as compras de petróleo. As importações caíram quase 18% no comparativo mensal e 15,4% no ano.

    “A queda acentuada deveu-se não apenas ao fato de várias refinarias independentes já terem esgotado suas cotas de importação, mas também às gigantescas importações ocorridas entre maio e setembro”, quando a China aproveitou o cenário de preços mais baixos do barril para realizar grandes compras, afirma o Commerzbank.

    A publicação do dado ajudou a explicar a razão do petróleo ter operado em baixa durante parte da sessão.

    Já a notícia de que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, almejaria um pacote de até US$ 2 trilhões, que pode ser anunciado ainda nesta quinta-feira, apoiou os mercados.

    A injeção de trilhões de dólares na economia do maior consumidor mundial de petróleo poderia estimular a demanda. Além disso, um dos efeitos de tal expectativa é a desvalorização do dólar, o que torna o petróleo mais barato para detentores de outras divisas e tende a apoiar os contratos.

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