Minério de ferro cai após racionamento de energia na China atingir siderúrgicas
Contrato mais negociado para janeiro de 2023 na Dalian Commodity Exchange caiu 4,4%, para 683,50 iuanes (US$ 100,87) a tonelada, o menor nível desde 28 de julho
Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Singapura caíram pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira (17), sendo negociados perto de US$ 100 a tonelada, já que um racionamento de energia elétrica em partes da China levou ao fechamento de siderúrgicas.
O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro de 2023 na Dalian Commodity Exchange caiu 4,4%, para 683,50 iuanes (US$ 100,87) a tonelada, o menor nível desde 28 de julho.
Na Bolsa de Singapura, o contrato de setembro do ingrediente siderúrgico caiu 4,7%, para US$ 100,70 a tonelada.
Analistas disseram que uma onda de calor que atinge várias regiões da China, maior produtora mundial de aço, desde meados de julho causou escassez de energia, forçando as autoridades a racionar eletricidade.
Na província de Sichuan, no sudoeste da China, as autoridades começaram a limitar o fornecimento de eletricidade a residências, escritórios e shoppings na quarta-feira.
Quase 20 siderúrgicas nas regiões do sudoeste da China suspenderam as operações nesta quarta-feira, de acordo com o fornecedor de dados da indústria siderúrgica SMM.
O racionamento de energia deve continuar por uma semana, disse a SMM.
“Nosso cenário-base é que o racionamento de energia desta vez deve ser mais brando do que o observado no ano passado em termos de duração e escala”, disseram analistas do JP Morgan em nota, acrescentando que o problema provavelmente ficará localizado em algumas províncias.
O aumento da oferta de minério de ferro na China também pesou sobre os preços, disseram analistas.
Os estoques de minério de ferro importado nos portos chineses tiveram aumento constante nas últimas sete semanas, atingindo 138,6 milhões de toneladas em 12 de agosto, o maior patamar desde meados de maio, segundo dados da consultoria Mysteel.