Minério de ferro atinge máxima em 11 semanas com perspectivas de estímulo na China
Investimento no setor imobiliário chinês, o maior consumidor de aço do país, caiu no mês passado no ritmo mais rápido desde pelo menos 2001
Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Singapura subiram pela terceira sessão nesta quinta-feira (14), com o crescimento industrial mais fraco do que o esperado na China, maior consumidora de aço, consolidando a visão de que Pequim adotará mais medidas para sustentar uma recuperação instável pós-pandemia.
O investimento no setor imobiliário chinês, o maior consumidor de aço do país, caiu no mês passado no ritmo mais rápido desde pelo menos 2001, segundo cálculos da Reuters com base em dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
As vendas de imóveis por área útil recuaram 19,7%, acelerando em relação à retração de 11,8% em abril.
Os dados decepcionantes pressionaram o mercado de ferrosos nas negociações da manhã, disseram analistas, apesar de o banco central chinês ter cortado o custo dos empréstimos de médio prazo pela primeira vez em 10 meses.
O Banco do Povo da China reduziu a taxa sobre 237 bilhões de iuanes (US$ 33,1 bilhões) em empréstimos de médio prazo de um ano (MLF) para algumas instituições financeiras em 10 pontos base para 2,65%, em linha com as expectativas do mercado.
O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com alta de 1,43%, a 815,5 iuanes por tonelada métrica, o maior nível desde 31 de março.
O minério de ferro de referência em julho na Bolsa de Singapura subiu 0,76%, para US$ 113,3 a tonelada, a maior alta desde 18 de abril.
“A demanda (por minério de ferro) permanecerá resiliente no curto prazo, já que mais usinas retomaram as operações, estimuladas por margens melhores”, disseram analistas da Sinosteel Futures em nota.