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    Ibovespa fecha em queda de 1,4% após ata do Fed; dólar sobe a R$ 5,15

    Ata da autoridade monetária indica inflação resiliente nos EUA

    Por volta das 14:30, o principal índice do mercado doméstico recuava cerca 1,02%, na faixa dos 126.105 pontos
    Por volta das 14:30, o principal índice do mercado doméstico recuava cerca 1,02%, na faixa dos 126.105 pontos Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN

    São Paulo

    O Ibovespa encerrou em queda firme e o dólar voltou a subir contra o real nesta quarta-feira (22), após o Federal Reserve (Fed) informar que a queda da inflação nos Estados Unidos está levando mais tempo do que o necessário.

    Os membros da autoridade monetária também afirmaram que estão decepcionados com as recentes leituras dos preços, segundo ata da última reunião publicada nesta tarde.

    O movimento levou a maior parte dos investidores a prever apenas um corte nos juros em 2024, apesar de apostas bastantes divididas, segundo a plataforma de monitoramento do CME Group.

    O Ibovespa encerrou a sessão com perda de 1,38%, aos 125.650 pontos — pior desempenho desde o fim do mês passado —, em linha com resultados negativos em Wall Street.

    Este foi o maior tombo diário do Ibovespa desde 10 de abril, quando caiu 1,41%.

    O clima também deu força ao dólar contra o real, que encerrou o dia com avanço de 0,77%, negociado a R$ 5,155 na venda, na esteira da valorização da divisa norte-americana ante a cesta de moedas fortes.

    As autoridades do Federal Reserve indicaram em sua última reunião de política monetária que ainda acreditavam que as pressões sobre os preços diminuirão, ainda que lentamente.

    Ainda assim, o Fed mantém cautela e reconhece a decepção com as recentes leituras de inflação, segundo a ata da reunião de 30 de abril a 1º de maio do banco central dos Estados Unidos.

    “Os participantes destacaram que continuam a esperar que a inflação retornará a 2% no médio prazo”, disse a ata, mas que “a desinflação provavelmente levará mais tempo do que se pensava anteriormente”.

    Embora a resposta da política monetária por enquanto “envolva a manutenção” da taxa de juros de referência do banco central em seu nível atual, a ata também refletiu a discussão sobre possíveis novos aumentos.

    Neste momento, as autoridades parecem propensas a manter a taxa básica do Fed na faixa de 5,25% a 5,50% até setembro, pelo menos, depois que a confiança na redução das pressões sobre os preços foi abalada por uma inflação maior do que a esperada nos três primeiros meses deste ano.

    Ainda no cenário internacional, a Nividia — terceira maior empresa em Wall Street —, publica resultados do 1º trimestre após o fechamento do mercado.

    Os dados provavelmente serão catalisadores significativos para o mercado e testarão se a alta descomunal das ações relacionadas à inteligência artificial pode ser sustentada.

    Haddad na Câmara

    Na cena política local, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de audiência pública na Câmara dos Deputados.

    Segundo o ministro, apesar do ceticismo relacionado às metas do governo, as contas públicas mostraram que a equipe econômica estava correta.

    Segundo ele, as expectativas foram consideradas “exageradas”, mas a economia brasileira está crescendo conforme o previsto.

    Haddad também disse que há um alinhamento do Executivo e Legislativo quanto às pautas apresentadas pela equipe econômica ao Congresso Nacional, e os acordos que têm sido feito com os parlamentares tem deixado os dois lados “satisfeitos”.

    “Eu diria que essa parceria Executivo e Legislativo está funcionando e está funcionando bem. Quando a gente faz um acordo em torno de um projeto, não é para os dois saírem insatisfeitos do acordo, é para os dois saírem satisfeitos”, disse.

    Haddad pontuou que poderia olhar “pelo lado que perdeu”, citando a Medida Provisória da reoneração e o Perse, mas que é melhor olhar pelo “lado benéfico”.

    O ministro também pontuou que, apesar do ceticismo relacionado às metas do governo, as contas públicas mostraram que a equipe econômica estava correta. Segundo ele, as expectativas foram consideradas “exageradas”, mas a economia brasileira está crescendo conforme o previsto.

    “Tanto do ponto de vista de crescimento, de inflação, de emprego, do fiscal, está acontecendo aquilo que nós entendemos que ia acontecer. As contas mais equilibradas, a inflação totalmente controlada, os núcleos rodando abaixo da meta”.

    Com Reuters*