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    Ibovespa e dólar fecham em alta com tarifas de Trump no radar

    Bolsa brasileira avançou apoiada por commodities, enquanto as preocupações em torno da política tarifária do governo dos EUA seguem no exterior

    Da CNN*

    O Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (26) em alta, com uma menor força da abertura, em meio à falas do presidente Donald Trump sobre tarifas para a importação de carros aos Estados Unidos.

    A desaceleração da bolsa brasileira acompanha o cenário negativo de Wall Street, com destaque para as montadoras.

    O Ibovespa encerrou em alta de 0,34%, a 132.519,63 pontos, com suporte das petrolíferas em meio à alta de preços do petróleo no exterior. A Petrobras (PETR4) registrou subida de 0,94%, acompanhando os ganhos dos preços do petróleo no exterior.

    Com o mesmo viés positivo, o dólar encerrou as negociações com ganhos de 0,43%, a R$ 5,7328 na venda, após ter recuado na sessão anterior. No ano, a divisa dos EUA acumula queda de 7,22% ante o real.

    Contexto internacional

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou há pouco pronunciamento de tarifas sobre carros enviados aos Estados Unidos.

    Trump disse anteriormente que revelaria tarifas de automóveis em 2 de abril, dia em que deve anunciar um pacote de tarifas recíprocas.

    No entanto, no início desta semana, ele disse aos repórteres que compartilharia mais detalhes antes dessa data.

    Investidores, analistas, empresários e consumidores temem que as medidas tarifárias possam acelerar a inflação de uma gama de produtos e provocar uma recessão na maior economia do mundo, que já vem mostrando indícios de desaceleração nas últimas semanas.

    Nos últimos dias, houve algum alívio nos mercados no tema das medidas comerciais, com autoridades do governo afirmando que Trump deve adiar a implementação de tarifas sobre setores específicos para além de 2 de abril.

    O próprio presidente dos EUA também disse que alguns países podem receber “descontos” nas taxas a serem aplicadas na próxima semana.

    “Poucos detalhes foram fornecidos pela administração sobre como pretendem implementar o plano de tarifas recíprocas, mantendo um elevado nível de incerteza…Caso o governo opte por aplicar tarifas apenas sobre produtos e países com altos diferenciais tarifários, o impacto sobre a economia americana seria mais limitado”, disseram analistas do BTG Pactual em relatório.

    Enquanto isso, as expectativas de consumidores seguem se deteriorando. Relatório do Conference Board mostrou na terça que seu índice de confiança do consumidor caiu pelo quarto mês consecutivo em março e de forma mais acentuada que projeção em pesquisa da Reuters.

    A preocupação de economistas é que o pessimismo dos consumidores possa refletir na economia real em breve, com queda do consumo e dos investimentos nos EUA, o que poderia contribuir para uma recessão.

    Brasil

    Na cena doméstica, o mercado segue atento à trajetória da inflação brasileira e a consequente resposta do Banco Central, que divulgou a ata de sua mais recente reunião de política monetária na véspera.

    Na semana passada, o BC voltou a elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, sinalizando um novo aumento de menor magnitude no próximo encontro, em maio. Para os encontros seguintes, os membros apontam que a incerteza elevada não permite uma orientação clara.

    Operadores precificam 61% de chance de uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros em maio, com 39% de possibilidade de um aumento de 0,75 ponto.

    O contínuo aumento da Selic tem como resultado ampliação do diferencial de juros entre o Brasil e outros países, o que tende a ser positivo para o real devido à atração de investidores estrangeiros.

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    *Com informações da Reuters e CNN Internacional

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