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    Dólar sobe e fecha a R$ 5,80, após dados de emprego do Brasil; bolsa recua

    O Ministério do Trabalho e Emprego informou que foram geradas 137.303 vagas formais, com o resultado muito acima da expectativa de economistas

    Da CNN*

    O dólar à vista fechou as negociações desta quarta-feira (26) em alta ante o real, acompanhando o fortalecimento da moeda norte-americana também no exterior, e após divulgação de dados de emprego no Brasil.

    A divisa também foi influenciada por preocupações em torno da reforma ministerial no governo Lula e por receios dos agentes com o equilíbrio fiscal brasileiro, em meio à queda de popularidade do presidente.

    No fim da sessão, o dólar à vista registrava alta de 0,86%, a R$ 5,8022 na venda.

    Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, abandonou o sinal positivo da abertura e fechou em queda de 0,96%, a 124.768,71 pontos.

    Contexto internacional

    No exterior, o dólar sustentava ganhos ante uma cesta de divisas fortes desde mais cedo, mas tinha sinais mistos em relação às moedas de emergentes.

    O cenário foi mudando durante a manhã, com o dólar passando a sustentar ganhos também ante divisas como o peso do México e o peso do Chile — dois dos países possivelmente mais afetados por eventuais novas tarifas dos EUA sobre o cobre importado.

    Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou uma investigação sobre possíveis novas tarifas em importações de cobre, para reconstruir a produção norte-americana do metal.

    “O dólar no Brasil sobe acompanhando o fortalecimento da moeda lá fora”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

    “No início do dia houve certo fluxo de entrada (de divisas no Brasil) e também perspectiva de fluxo, com o mercado trabalhando com a perspectiva de entrada de recursos de captações externas”, acrescentou, citando entre as operações mais recentes a realizada pelo Itaú Unibanco.

    Dados de Emprego no Brasil

    Internamente as atenções se voltaram para a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro.

    O Ministério do Trabalho e Emprego informou que foram geradas 137.303 vagas formais, com o resultado muito acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 48.000 vagas.

    Na segunda-feira (24), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, havia antecipado a geração de “mais de 100 mil vagas” em janeiro, o que esvaziou em parte o impacto da divulgação desta quarta-feira.

    Cenário político

    O cenário político também segue no foco dos investidores no Brasil, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e indicar para seu lugar Alexandre Padilha, que deixará a Secretaria de Relações Institucionais.

    A dança das cadeiras nos ministérios é mais uma tentativa de Lula de retomar apoio político em Brasília, em um contexto de queda de popularidade.

    Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira indicou que a avaliação negativa do governo Lula disparou na Bahia e em Pernambuco, os dois maiores Estados do Nordeste em termos de população.

    No mercado, um dos receios é de que Lula, ao ser pressionado pela perda de apoio, abra os cofres e piore ainda mais a situação fiscal do governo.

    Nesta manhã, durante coletiva em Brasília, Marinho confirmou que será publicada na sexta-feira a medida provisória liberando o saque do saldo remanescente do FGTS para trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 até a data da publicação e que, por terem aderido ao saque-aniversário, ficaram impedidos de acessar os recursos.

    Conforme o governo, serão disponibilizados R$ 12 bilhões.

    O Banco Central vendeu em leilão todos os 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

    60% dos brasileiros de baixa renda não têm cartão de crédito

    *Com informações da Reuters

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