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    Dólar cai e fecha a R$ 5,70, com dados fracos dos EUA; bolsa sobe

    Investidores também analisavam a última ata do Banco Central, comentários de Haddad e notícias sobre tarifas dos Estados Unidos

    Da CNN*

    O dólar fechou as negociações desta terça-feira (25) em queda ante o real, após dados fracos dos Estados Unidos. A confiança do consumidor no país caiu ao menor nível em março desde janeiro de 2021. Já o Ibovespa encerrou distante da máxima da sessão, quando ultrapassou os 133 mil pontos pela primeira vez em quase seis meses.

    A divisa norte-americana finalizou o pregão em queda de 0,78%, cotado a R$ 5,7081 na venda. A bolsa brasileira, por sua vez, fechou em alta de 0,57%, a 132.067,69 pontos, com Sabesp entre as maiores contribuições positivas, após balanço e sinalização de economias de custo relevantes em 2025.

    Investidores analisavam, na manhã desta terça, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central afirmou que optou em indicar apenas a direção do próximo movimento “diante da elevada incerteza”. O documento refere-se ao encontro da semana passada, quando a Selic subiu a 14,25%.

    Na visão de economistas do Bradesco, a ata é consistente com um Copom comprometido com a continuidade do ciclo de aperto. “Dada a ausência de contrapontos relevantes e a preocupação com os riscos inflacionários altistas, entendemos que um juro terminal de 15,25% é compatível com a comunicação atual.”

    Cenário internacional

    Nesta sessão, o foco dos mercados globais continuava nos planos tarifários de Trump, com novas notícias sobre o assunto gerando maior alívio entre investidores, o que aumentava o apetite por risco.

    O presidente norte-americano disse na última segunda-feira (24) que poderá conceder a “muitos países” descontos em tarifas que pretende anunciar. Ele tem prometido divulgar uma série de tarifas recíprocas — taxas que igualarão as barreiras sobre produtos dos EUA — em 2 de abril.

    Ainda na véspera, o The Wall Street Journal e a Bloomberg News informaram que Trump deve adiar a apresentação de tarifas para setores específicos para além de 2 de abril, citando autoridades do governo.

    “Há algumas semanas que investidores se mostram muito mais preocupados com os riscos de uma desaceleração econômica nos EUA.

    Há também grande receio sobre quais vão ser os impactos negativos das tarifas do governo Trump”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, ao comentar o maior apetite por risco nesta sessão com a possibilidade de aumentos menos abrangentes nas tarifas dos EUA.

     

    A confiança do consumidor nos EUA caiu 7,2 pontos em março para uma leitura de 92,9, disse o Conference Board na terça-feira em sua última pesquisa, atingindo seu menor nível desde janeiro de 2021 e estendendo um declínio que começou em dezembro, após a eleição presidencial.

    Os mercados ainda digeriam dados positivos para a economia norte-americana divulgados na véspera, com a pesquisa PMI da S&P Global mostrando que a atividade empresarial dos EUA acelerou sua expansão em março devido a um fortalecimento do setor de serviços.

    Ata do Copom

    Na cena doméstica, as atenções estavam sobre a divulgação da ata da mais recente reunião do Copom, que elevou a Selic em 1 ponto percentual pelo terceiro encontro consecutivo na semana passada, a 14,25% ao ano, sinalizando pelo menos mais um aumento de menor magnitude em maio.

    No documento divulgado nesta manhã, o BC disse que deixou as decisões para além de maio em aberto devido à incerteza elevada no cenário, julgando que, em função do panorama adverso para a dinâmica da inflação, era apropriado indicar que o ciclo de alta nos juros não está encerrado.

    Maioria dos empreendedores teme cenário econômico em 2025

    *Com informações da Reuters

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