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    Bolsa cai 0,8% na semana com incertezas comerciais em foco; dólar sobe 0,5%

    Com uma agenda novamente esvaziada no Brasil, investidores voltavam suas atenções para o cenário externo nesta sessão

    Da CNN*

    O dólar à vista fechou as negociações desta sexta-feira (21) em alta ante o real, acumulando ganhos na semana, enquanto o Ibovespa recuou, à medida que os investidores seguem ponderando sobre os planos tarifários dos Estados Unidos, as incertezas geopolíticas e a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.

    A moeda norte-americana encerrou com alta de 0,45%, a R$ 5,7304 na venda. No acumulado da semana, a divisa subiu 0,58%.

    Na quinta-feira (20), o dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, aos R$ 5,7045.

    Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou em queda de 0,37%, a 127.128,06 pontos, acumulando queda de 0,85% no cálculo semanal. As ações da Lojas Renner puxaram as perdas com folga após divulgar resultado trimestral abaixo das previsões de analistas.

    Com uma agenda novamente esvaziada no Brasil, investidores voltavam suas atenções para o cenário externo nesta sessão, onde uma série de incertezas comerciais, geopolíticas e macroeconômicas têm mantido os agentes financeiros cautelosos, sem assumir grandes posições para qualquer direção.

    Contexto internacional

    A maior incerteza neste início de ano diz respeito aos planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem realizado ameaças constantes de impor tarifas sobre países e setores econômicos, mas tem até o momento apenas uma nova taxa — de 10% sobre produtos chineses — já em vigor.

    Em seu mais recente anúncio, Trump acrescentou madeira e produtos florestais à sua lista de alvos de tarifas, que inclui automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.

    Ele também já prometeu uma tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio. A indicação, no entanto, é que as tarifas não serão imediatas, abrindo espaço para negociações.

    Outro foco de atenção nesta semana tem sido as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia, com o início de conversas entre EUA e Rússia a fim de se encontrar uma resolução ao maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

    Sobre o assunto, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que se encontrou com autoridades russas nesta semana, disse na véspera que Trump deseja saber se a Rússia está falando sério sobre o fim da guerra na Ucrânia.

    “A única maneira é testá-los, basicamente engajá-los e dizer: ‘Ok, vocês estão falando sério sobre acabar com a guerra? E se sim, quais são suas exigências? Suas demandas públicas e suas demandas privadas são diferentes?'”, disse Rubio.

    Segundo Marcio Riauba, head da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio, notícias positivas sobre as negociações em relação à Ucrânia “podem novamente favorecer ativos mais arriscados”.

    Também estava no radar dos mercados a divulgação de mais dados econômicos nos EUA que podem moldar as próximas decisões de juros do Fed.

    atividade empresarial dos Estados Unidos quase estagnou em fevereiro em meio a temores crescentes sobre tarifas de importação e cortes profundos nos gastos do governo federal, apagando todos os ganhos obtidos após a vitória do presidente Donald Trump.

    Operadores precificam que o banco central dos EUA voltará a reduzir os juros em 25 pontos-base até julho, com uma chance de acima de 50% de outro corte da mesma magnitude até o fim do ano.

    Cena doméstica

    Investidores acompanham entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedida ao ICL Notícias, em que disse que, com a queda recente do dólar e uma safra melhor, o governo acredita que os preços no país vão se estabilizar em um “patamar mais adequado”.

    Além disso, o ministro Haddad anunciou em entrevista a jornalistas no período da tarde a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 4 bilhões para resolver impasse com suspensão de linhas de crédito subvencionadas do Plano Safra.

    Novo coronavírus na China

    A notícia do surgimento de uma nova onda de coronavírus na China começou a ser veiculada no início desta tarde pelo jornal britânico Daily Mail.

    A reportagem mostrou que o novo vírus está ainda mais relacionado ao MERS, um tipo mais mortal de coronavírus que mata até um terço das pessoas que infecta.

    Os testes, publicados na revista Cell por pesquisadores de Pequim, revelaram que o HKU5-CoV-2 se infiltrava nas células humanas da mesma forma que o SARS-CoV-2, o vírus por trás da Covid.

    Segundo o Daily Mail, “o HKU5-CoV-2 é muito semelhante ao vírus da pandemia, provocando temores de que a história possa se repetir somente dois anos após o pior ter sido declarado”.

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    *Com informações da Reuters

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