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    Ibovespa oscila nos 136 mil pontos após máxima histórica; dólar sobe

    Na segunda-feira (19), o índice chegou a alcançar a maior variação intradia da história

    Da CNN

    O Ibovespa oscila nos 136 mil pontos nesta terça-feira (20), após ter atingido a maior variação intradia da história e o dólar sobe em linha com a recuperação da divisa norte-americana em outros mercados externos e em meio a movimento de ajuste doméstico após quedas recentes da moeda.

    Investidores também seguem aguardando um discurso do chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, em Jackson Hole, nos EUA, na sexta-feria (23).

    No cenário doméstico, o mercado repercute as falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que afirmou que ele e os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) trabalham para restaurar a credibilidade após o “ruído” sobre a divergência do colegiado em cortar os juros em maio.

    Às 15h13, o Ibovespa tinha ligeiro ganho de 0,23%, aos 136.093,66. Na segunda-feira, o principal índice do mercado doméstico encerrou a sessão com avanço de 1,36%, aos 135.777 pontos, mas chegou a alcançar a maior variação intradia da história e ultrapassando a máxima de 134.193 pontos alcançada em 27 de dezembro de 2023.

    No mesmo horário, o dólar subia 1,39%, cotado a R$ 5,482. Na última sessão, a divisa fechou em baixa de 0,99%, cotado a R$ 5,413, no menor valor de fechamento desde 10 de julho, quando encerrou em R$ 5,413.

    No mercado de criptomoedas, o bitcoin é negociado a R$ 329.123,75, registrando alta de 0,49% no dia. A principal criptomoeda do mercado acumula ganhos de 1,76% na semana, mas apresenta queda expressiva de 10,05% no mês de agosto, refletindo a volatilidade característica desse ativo.

    Cenário internacional

    A sessão desta terça, por outro lado, era de maior cautela, com agentes financeiros aguardando o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole na sexta-feira, em busca de novos indícios sobre a trajetória dos juros nos EUA.

    A dúvida paira sobre a possibilidade de o Fed entregar um corte de 25 pontos-base, atualmente com chance de 75% de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, ou uma redução maior, de 50 pontos-base, precificada em 25% das apostas. Espera-se que Powell esclareça essa questão em seu discurso.

    Circulava também entre investidores os sinais de uma piora na perspectiva econômica global com o crescente pessimismo em relação à China, segunda maior economia do mundo, com os mercados aguardando novos estímulos do governo para fortalecer o crescimento do país.

    “Como estamos falando da segunda maior economia do mundo, há sempre um reflexo em cascata, notadamente aqui nesse caso estou me referindo ao que iremos enxergar de tração na economia chinesa”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

    Com isso, o dólar subia frente ao peso mexicano e o rand sul-africano e ficava próximo da estabilidade ante o peso chileno e o peso colombiano.

    O euro comercial segue tendência similar, com alta de 0,77% nesta manhã, atingindo a cotação de R$ 6,04. A moeda europeia apresenta leve ganho semanal de 0,1%, mas ainda acumula queda de 1,29% no mês de agosto.

    O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,08%, a 101,790.

    Cenário nacional

    No Brasil, outro fator altista para o dólar estava na curva de juros brasileira, em que a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,78%, em queda sólida de 7 pontos-base.

    A perspectiva de juros mais altos no Brasil ajudou a impulsionar a queda do dólar na sessão anterior, à medida que se projeta um aumento no diferencial de juros entre o país e os EUA.

    Também era nítido um movimento de ajuste, após sessões de ganhos contínuos que o real tem tido contra o dólar, que fez a divisa norte-americana ceder 35 centavos de real nas últimas duas semanas.

    “Há um movimento natural de realização e ajuste no preço dos ativos, após o rali dos últimos dias”, disse Bergallo.

    Ainda no cenário doméstico, está no radar um evento do BTG Pactual, em São Paulo, com a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falarão ao público em momentos separados ao longo da manhã.

    Na sexta-feira, o destaque será a divulgação de novos dados do IPCA-15, quando agentes financeiros avaliarão a trajetória da alta nos preços no Brasil.

    *Com informações de Reuters

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