IGP-10 sobe 1,79% em janeiro com commodities; pressão sobre consumidor diminui
Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 2,27%
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) iniciou 2022 sob influência de importantes commodities no atacado e subiu 1,79% em janeiro, depois de recuar 0,14% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (17).
No primeiro mês do ano, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 2,27%, contra queda de 0,51% em dezembro.
“As acelerações observadas nos preços do minério de ferro (de -19,28% para 24,56%) e da soja (de -3,41% para 2,92%), itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA, índice com maior influência sobre o IGP-10”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
Entre os grupos componentes do IPA, o destaque ficou com as Matérias-Primas Brutas, que saltaram 5,43% em janeiro, deixando para trás a queda de 3,78% registrada no último mês de 2021.
Mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, viu a alta desacelerar para 0,40% em janeiro, de 1,08% em dezembro.
O grupo Transportes passou a cair 0,26% neste mês, após saltar 2,49% em dezembro, refletindo queda de 1,61% nos preços de combustíveis e lubrificantes.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,50% no período, depois de subir 0,54% em dezembro.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.