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    Dólar renova máxima em mais de um ano e fecha a R$ 5,26; Ibovespa cai

    Moeda norte-americana teve quinta sessão de alta consecutiva

    Moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,2686 na venda, alta de 1,64%
    Moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,2686 na venda, alta de 1,64% Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN*

    O dólar fechou a terça-feira (16) em forte alta no Brasil, na quinta sessão consecutiva de valorização, e atingiu o maior valor visto há mais de um ano, em meio ao avanço generalizado da moeda norte-americana no exterior, com investidores reagindo à perspectiva de juros altos nos EUA por mais tempo e às tensões no Oriente Médio.

    A moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,2686 na venda, alta de 1,64%. Este é o maior valor de fechamento para a divisa desde 23 de março de 2023, quando encerrou em R$ 5,2898.

    Em cinco dias úteis, o dólar acumulou alta de 5,23% ante o real. Apesar do forte movimento, o Banco Central (BC) se manteve novamente fora do mercado.

    Na contramão, o Ibovespa encerrou em queda nesta terça, após renovar mínimas do ano, com avanço nos rendimentos dos Treasuries, um tom ainda cauteloso por parte do chair do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) em relação à inflação americana e temores com a questão fiscal no Brasil.

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,75%, a 124.388,62 pontos. Na máxima do dia, chegou a 125.315,63 pontos. Na mínima, a 123.756,08 pontos, menor patamar intradia desde novembro passado.

    O patamar de fechamento também foi o menor em pouco mais de cinco meses.

    Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1835 na venda, em alta de 1,21%, maior valor de fechamento desde 27 de março de 2023.

    Além de dados do exterior que afetaram a perspectiva sobre os juros nos EUA, no cenário doméstico os investidores receberam com pessimismo a notícia de que o governo federal reduziu a meta fiscal de 2025 para um déficit zero.

    A meta é diferente da estipulada no arcabouço fiscal aprovado no ano passado, que previa um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.

    O novo regime fiscal, entretanto, tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos, que já indicava uma flexibilização do que foi firmado no ano passado.

    O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 gerou ceticismo entre analistas e incertezas com relação à possibilidade de entrega dos números previstos pelo Ministério do Planejamento.

    Nesta terça, o mercado apontou uma perspectiva de menor afrouxamento monetário neste ano, de acordo com o boletim Focus. A mediana das projeções aponta para a taxa básica de juros a 9,13% no final deste ano, primeiro aumento depois de 15 semanas apontando a Selic a 9%.

    Para 2025 a taxa segue sendo calculada em 8,50%.

    A mudança vem na esteira de alertas do BC sobre o cenário de aumentos de preços, apontando maior preocupação com uma possível pressão de salários e citando maior incerteza sobre a dinâmica de queda da inflação doméstica.

    *Com informações de Reuters