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    Expectativa por corte de juros nos EUA gera nova corrida do ouro em Wall Street

    Metal precioso atingiu nova máxima nesta terça-feira (5) com investidores à espera de novas pistas sobre os rumos do Fed

    Krystal Hurda CNN , Nova York

    O preço do ouro subiu nesta terça-feira (5) para US$ 2.141,90 (R$ 10.597) por onça troy (pouco mais de 31 gramas), atingindo novo recorde, à medida que investidores continuam apostando que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) reduzirá os juros na segunda metade do ano.

    O ouro é considerado um dos investimentos mais resilientes. Quando as taxas de juro caem, deter ativos de renda fixa, com títulos, se torna menos atrativo do que possuir o metal precioso. No entanto, alguns investidores também acreditam que o ouro é uma proteção contra a inflação, apostando que manterá o seu valor mesmo que a taxa comece a subir.

    Não são apenas os investidores que tentam entrar na corrida do ouro. A rede varejista Costco começou a oferecer barras do metal em setembro do ano passado, e vendeu mais de US$ 100 milhões (R$ 495 milhões, na cotação atual) durante o primeiro trimestre fiscal de 2024.

    O metal precioso tende a ser popular em tempos de instabilidade econômica global, uma vez que é um ativo tangível e menos arriscado do que as ações.

    O PCE, indicador de inflação preferido do Fed, subiu 2,4% nos 12 meses encerrados em janeiro. Isso representa uma perda de força em relação ao aumento de 2,6% de dezembro e está em linha com as expectativas dos economistas, de acordo com dados do Departamento de Comércio divulgados na semana passada.

    Na base mensal, o núcleo do índice de preços, que exclui categorias mais voláteis, como alimentos e energia, subiu 0,4%. E embora o resultado esteja em linha com as projeções, o índice, que as autoridades da Fed consideram um indicador crucial da inflação subjacente, avançou ao ritmo mensal mais rápido desde fevereiro de 2023.

    Atualmente, os investidores enxergam uma probabilidade de cerca de 69% de que o Fed reduza as taxas na sua reunião de junho, de acordo com o FedWatch, da CME.

    É uma probabilidade menor do que no início do ano, quando os investidores pareciam convencidos de que os cortes nas taxas eram iminentes.

    Os investidores estão aguardando o depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso, marcado para quarta-feira (6), na esperança de ter uma ideia mais clara do que esperar da autoridade monetária nos próximos meses.

    O bitcoin, apelidado por seus defensores ferrenhos de ouro digital, também disparou nas últimas semanas. A criptomoeda superou nesta terça-feira o recorde de US$ 68.789 (R$ 340.505), alcançado em 10 de novembro de 2021, e chegou a US$ 69.202 (R$ 342.549) com o lançamento de ETFs da cripto ajudando a turbinar a alta.

    A alta perdeu força ao longo do dia, e a cripto era negociada por volta de US$ 63.500 (R$ 314.325) na noite desta terça-feira — lembrando que o mercado de ativos digitais funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.

    As ações também dispararam este ano, embora a recuperação tenha estagnado um pouco esta semana. O índice S&P 500 estabeleceu repetidos recordes desde o início do ano, e o índice Nasdaq superou a máxima histórica de 2021 na semana passada, à medida que o boom da inteligência artificial continua a varrer Wall Street.

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