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    Dívida global atinge recorde de US$ 312 tri, diz grupo financeiro

    Tendências de aumento constante dos empréstimos governamentais podem aumentar do atual nível para até US$ 440 trilhões em 2050

    Rodrigo Camposda Reuters

    A dívida global atingiu um recorde de US$ 312 trilhões no final do segundo trimestre, impulsionada por empréstimos nos Estados Unidos e na China, e um índice de dívida importante nos mercados emergentes também atingiu um novo pico, segundo dados de um grupo financeiro.

    O Instituto de Finanças Internacionais (IIF), um grupo de comércio de serviços financeiros, disse nesta quarta-feira (25) que a dívida global aumentou em US$ 2,1 trilhões no primeiro semestre, para US$ 312 trilhões — um novo ponto alto após dados anteriores serem revisados para baixo.

    O IIF emitiu sinais de alerta sobre a tendência de aumento constante dos empréstimos governamentais em seu último relatório do Monitor da Dívida Global, prevendo que os empréstimos governamentais globais aumentariam de seu nível atual de US$ 92 trilhões para US$ 145 trilhões até 2030 e atingiriam US$ 440 trilhões até 2050.

    “Com a expectativa de que o novo ciclo de flexibilização do Fed acelere o ritmo de acumulação da dívida global, uma preocupação significativa é a aparente falta de vontade política para lidar com os níveis crescentes da dívida soberana, tanto em economias de mercado maduras quanto emergentes”, disse o relatório do IIF.

    Uma grande parte dos empréstimos foi impulsionada pela transição energética diante das mudanças climáticas, que deverá ser responsável por mais de um terço do aumento projetado até 2050.

    “Isso representa desafios significativos, porque muitos governos já estão alocando uma parcela crescente de suas receitas para despesas com juros”, disse o relatório.

    O aumento de US$ 2,1 trilhões neste ano até junho se compara a US$ 8,4 trilhões no primeiro semestre de 2023, segundo dados do IIF.

    Além da China e dos EUA, Índia, Rússia e Suécia também aumentaram sua dívida, enquanto outros países europeus e o Japão registraram um declínio notável, segundo o relatório.

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