Dados recentes elevam “confiança” de que inflação está voltando a 2%, diz Powell
Comentários sugerem que virada para cortes na taxa de juros pode não estar longe
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta segunda-feira (15) que as três leituras de inflação dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano “aumentam um pouco a confiança” de que o ritmo de alta dos preços está voltando para a meta do Fed de forma sustentável.
Comentários sugerem que uma virada para os cortes na taxa de juros pode não estar longe.
“No segundo trimestre, na verdade, fizemos um pouco mais de progresso”, disse Powell em um evento no Clube Econômico de Washington. “Tivemos três leituras melhores e, se fizermos a média delas, é uma posição muito boa.”
“O que dissemos foi que não achávamos apropriado começar a afrouxar a política monetária até que tivéssemos mais confiança” de que a inflação está retornando de forma sustentável para 2%, continuou Powell.
“Estamos esperando por isso. E eu diria que não ganhamos nenhuma confiança adicional no primeiro trimestre, mas as três leituras do segundo trimestre, incluindo a da semana passada, aumentam um pouco a confiança.”
A inflação está se aproximando da meta de 2% do banco central, e formuladores de política monetária estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de desacelerar demais a economia e provocar o aumento da taxa de desemprego.
Dado o que os formuladores de política monetária acreditam ser um conjunto de riscos cada vez mais equilibrado, eles podem muito bem usar seus comentários finais antes da reunião deste mês para sinalizar que os cortes nos juros são iminentes ou explicar por que os dados recentes ainda não justificam uma mudança para uma política monetária mais flexível.
Apostas entre investidores têm se inclinado fortemente para que o Fed inicie os cortes nos juros em setembro.
Mudanças na declaração de política monetária em julho podem ser um forte sinal disso, atualizando a forma como a inflação é descrita e avaliando como os dados recentes aumentaram a confiança de autoridades de que o surto de inflação da era da pandemia diminuiu.
Enquanto Powell falava, os mercados financeiros praticamente abandonaram as apostas crescentes em um corte na taxa de juros em julho. Operadores continuam esperando um corte nos juros em setembro, seguido de cortes adicionais em novembro e dezembro, reduzindo a taxa básica para 4,5% a 4,75% até o final do ano.