Carrefour: ações ficam entre maiores altas após resultado operacional e vendas de unidades
Empresa trouxe alta das vendas brutas na maior parte de suas bandeiras e vendas devem compor o caixa
As ações ordinárias do Carrefour (CRFB3) sobem 3% por volta das 11h, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, com os investidores repercutindo a divulgação do resultado operacional da varejista e o anúncio de desinvestimentos.
A visão do mercado foi que os números vieram positivos. As vendas brutas, ficaram além do esperado em todos os formatos, com alta de 4,8% no consolidado, chegando a R$ 29,5 bilhões.
Fora isso, analistas também mencionaram que a recente aceleração da inflação também deve continuar beneficiando os resultados no futuro, com pessoas comprando mais para fugir das altas dos preços e com ganhos de estoque.
O braço de atacarejo, representado pela marca Atacadão, teve alta de 5,6% das vendas mesmas lojas e de 8% das vendas brutas, essa última de R$ 21,4 bilhões — contando com a ajuda da abertura de 13 novas unidades nos últimos 12 meses.
“O atacarejo foi uma surpresa positiva. São notícias marginalmente positivas”, fala o time do Itaú BBA. “No entanto, uma única variável não oferece uma visão completa. Para avaliar completamente a qualidade desse crescimento, ainda precisamos analisar a margem bruta e a dinâmica de capital de giro”, pondera.
O Safra chama atenção para o resultado do banco do Carrefour, que teve seu faturamento avançando 13% no ano, chegando a R$ 17,1 bilhões, 6% acima do projetado.
Já o Sam’s Club teve uma alta de 17% nas vendas, a R$ 1,8 bilhão, resultado dentro do consenso e com a alta impulsionada pela expansão (com 11 novas unidades nos últimos 12 meses) e pelo avanço das vendas mesma loja. O Santander destaca também a base de membros atingiu 3,5 milhões, com um aumento de 35% em comparação ao segundo semestre de 2024.
O varejo teve baixa das vendas brutas de 7,9%, a R$ 6,4 bilhões, mas o recuo já era esperado — o Carrefour fechou 151 lojas da bandeira no último ano — e as vendas mesmas lojas, que ignora as unidades encerradas, cresceram 7,1%.
“Continuamos cautelosos quanto à lucratividade das lojas restantes, à medida que a concorrência e as conversões para o modelo de atacarejo aumentam. O objetivo da empresa com seu portfólio é otimizar a lucratividade – os resultados da próxima semana confirmarão se essa meta foi atingida”, diz o BBA.
As vendas das 15 unidades foram motivadas por uma medida antitruste, combinada após a aquisição do Grupo BIG, mas deve ajudar a compor o caixa do Carrefour nos próximos balanços. Fora isso, o BBA destaca que é esperado que o grupo venda mais outras 65 lojas nas regiões Sudeste e Nordeste, o que reduzirá sua alavancagem.
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