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    Bolsas da Europa fecham mistas com BCs no radar, e forte alta em Paris com política em foco

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,16%, a 520,34 pontos

    Matheus Andrade, especial para a AE, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta sexta-feira (6) com perspectivas para a postura dos principais bancos centrais da Europa e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no radar.

    Com a visão de novos cortes de juros na zona do euro, em Frankfurt o DAX voltou a renovar seu recorde de fechamento, ainda que tenha subido de forma mais contida que o CAC 40, em Paris. Na França, o índice foi impulsionado ainda pelas perspectivas de uma solução para a crise política que ameaça o orçamento do país.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,16%, a 520,34 pontos.

    Em pronunciamento à nação na quarta-feira, Macron garantiu que segue na presidência até o final do mandato, em 2027, e disse estar em busca de um sucessor para Michel Barnier, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro após perder uma moção na Assembleia Nacional.

    Líder da extrema-direita, Marine Le Pen disse que um novo orçamento pode ser aprovado em questão de semanas, desde que o futuro governo atenda suas demandas. O líder do Partido Socialista da França, Olivier Faure, disse que está preparado para discutir um acordo com Macron, dando os primeiros sinais de consenso nas discussões para formar o novo governo francês. O CAC 40 subiu 1,31%, a 7.426,88 pontos.

    O Rabobank espera que o Banco Central Europeu (BCE) reduza a taxa de depósito em 25 pontos base em dezembro. “Com base nas nossas projeções econômicas atualizadas, prevemos agora cortes consecutivos até à reunião de abril, deixando a taxa em 2,25%”, projeta o banco.

    Os dirigentes podem ainda remover a orientação de que “manterão as taxas diretoras suficientemente restritivas durante o tempo que for necessário”, avalia.

    Já o relatório payroll de novembro nos Estados Unidos deve manter o Fed confortável em cortar juros em 25 pontos-base na reunião deste mês, avalia o CIBC Economics. Neste cenário, o DAX subiu 0,13%, a 20.385,79 pontos, enquanto o FTSE MIB avançou 0,36%, a 34.749,50 pontos, em Milão.

    Dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Swati Dhingra reforçou nesta sexta expectativa por contínuo relaxamento da política monetária, em meio ao arrefecimento das pressões salariais e da inflação de serviços no Reino Unido. Mesmo assim, a dirigente avaliou que a abordagem gradual no afrouxamento monetário é adequada na maioria dos casos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,49%, a 8.308,61 pontos.

    Também em queda, estiveram o Ibex 35, em Madri, que recuou 0,37%, a 12.073,70 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, com baixa de 1,18%, a 6.336,31 pontos. Em ambos os casos, petroleiras, seguindo o movimento do barril no mercado internacional, estiveram entre as principais quedas. Repsol (-0,44%) e Galp (-2,07%) recuaram.

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