Bolsa do Japão atinge máxima recorde após ânimo com decisão do Fed
Banco central americano manteve inalteradas as taxas de juros, mas sinalizou cortes ao longo do ano
O índice acionário japonês Nikkei atingiu uma máxima recorde nesta quinta-feira (21) e o iene se recuperou do menor nível em quatro meses, depois que o Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês) manteve suas perspectivas de afrouxamento nos Estados Unidos apesar das recentes leituras de inflação aquecida.
A direção da política monetária do Fed contrasta fortemente com a do Banco do Japão, que na terça-feira encerrou oito anos de medidas extraordinárias de estímulo com seu primeiro aumento da juros desde 2007.
Entretanto, o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, reiterou que a política monetária permanecerá amplamente acomodatícia por enquanto, em comentários ao Parlamento nesta quinta-feira.
O Nikkei marcou um recorde de fechamento de 40.815,66 pontos, com alta de mais de 2% no dia, depois de também estabelecer um novo pico intradiário histórico de 40.823,32 pontos. No ano, a alta é de 22%, superando em muito o avanço de 8% do índice mundial da MSCI.
O dólar tinha queda de 0,1%, a 151,12 ienes, depois de subir para 151,82 ienes na terça-feira pela primeira vez desde meados de novembro.
Recorde anterior
No início do mês, o índice de referência do mercado financeiro do Japão ultrapassou 40.000 pontos pela primeira vez na história.
O recorde veio após uma reforma da governança corporativa e os sólidos valores das ações expandirem a confiança no mercado japonês e seguiram abrindo caminho para o interesse dos investidores globais no longo prazo.
Com o salto das ações de tecnologia, acompanhando suas contrapartes norte-americanas, o índice Nikkei terminou o dia com alta de 0,5%, a 40.109,23 pontos.