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    Bitcoin cai a US$ 53,6 mil e perde 26% desde recorde com investidores fugindo do risco

    Desempenho reflete tombo generalizado nos mercados globais

    O bitcoin se mantém na faixa acima de US$ 50 mil no fim da tarde desta segunda-feira (5) após ter perdido mais de 26% do valor desde a máxima de US$ 73,1 mil em março deste ano, segundo dados da Refinity.

    Por volta das 17h50, a principal cripto do mercado recuava 14,3% em 24h, negociado ao redor de US$ 53,6 mil. Apesar do recuo, o BTC ainda soma alta de quase 23% na soma de 2024.

    O Ethereum seguia a mesma linha e tinha perda de quase 20%, negociada próxima US$ 2,4 mil, apagando a maior parte dos ganhos acumulados no ano.

    O desempenho do mercado cripto reflete a fuga do risco dos investidores em meio ao crescente temor de recessão nos Estados Unidos.

    O clima de cautela iniciou no fim da semana passada, após dados do mercado de trabalho piores do que o esperado – reflexo de uma política monetária no maior patamar em mais de duas décadas.

    “Vimos todas a bolsas caindo muito. Geralmente quando temos perspectiva de cortes de juros nos EUA isso tende a valorizar o mercado de ações, as bolsas sobem. Mas quando combinamos isso com uma preocupação de recessão, a tendência é de impactar a perspectiva de lucro das empresas”, explica Francisco Nobre, economista da XP.

    Os números de sexta-feira, apesar de apresentarem fraqueza no mercado de trabalho, não seriam suficientes para indicar uma deterioração do mercado de trabalho que seria consistente com uma recessão.

    Luiz Rogé, sócio da Matriz Capital Asset, pontua que a reação vista neste início de semana é exagerada diante de outros fatores da economia norte-americana.

    Dados de julho mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve alta de 2,8% no segundo trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado.

    “Eu não enxergo a possibilidade de recessão como certa. O mercado de trabalho e economia como um todo está indo muito bem. O que estamos vendo é o ponto de inflexão no crescimento, ou seja, está crescendo menos”, explica.

    Economistas ainda avaliam que existem outras instabilidades que se acumularam ao longo do mês de julho e que contribuíram para um aumento das incertezas globais.

    Diego Chumah, gestor de bolsa macro do ASA Hedge, cita a expectativa do ex-presidente Donald Trump vencer as eleições americanas, marcadas para novembro, além de volatilidades no cenário de balanços corporativos, principalmente de empresas de peso como a Tesla, Intel e Microsoft.

    Chumah explica ainda que o posicionamento dos investidores estava muito voltado para as big techs. Com uma piora das perspectivas para os EUA, a tendência é de reduções dessas companhias no portfólio dos investidores.

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