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    AGU aciona BC sobre cotação do dólar próximo a R$ 6,40 no Google

    Mercado no Brasil não operou nesta terça (24) e quarta-feira (25) devido ao recesso de Natal; Google diz que dados são provedores terceirizados e que trabalha com parceiros para garantir a precisão

    Da CNN , São Paulo

    A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta quarta-feira (25) que irá consultar o Banco Central (BC) sobre “possível informação incorreta de cotação do dólar” no Google.

    A AGU sinalizou urgência na resposta.

    Mais cedo, a página do buscado mostrava a cotação ao redor de R$ 6,40. O mercado no Brasil não operou nesta terça (24) e quarta-feira devido ao recesso de Natal.

    A cotação não estava mais disponível no Google no fim da tarde.

    • Divulgação

    Segundo a AGU, os dados do BC poderão servir de base para eventual ação da Procuradoria-Geral da União. Procurado pela CNN, o Banco Central informou que não vai comentar o assunto.

    Na segunda-feira (23), a cotação encerrou em R$ 6,185, com a permanência do temor com as contas públicas no radar dos investidores.

    No início de novembro, o Google passou por situação semelhante ao mostrar dólar a R$ 6,18, enquanto outros terminais mostravam o câmbio em R$ 5,86.

    Em nota à CNN, o Google afirmou que os dados em tempo real são de “provedores globais terceirizados de dados financeiros”.

    “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”.

    Alta do dólar

    A pressão sobre o dólar se intensificou a partir do fim de novembro, após a repercussão negativa do mercado à apresentação do pacote de corte de gastos do governo federal junto da proposta de isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil.

    O clima piorou nas últimas semanas com a tramitação das propostas no Congresso e o risco de desidratação das medidas. O clima fez a divisa bater uma série de máximas históricas, com pico de R$ 6,26 na quarta-feira (16).

    O BC fez uma série de leilões nas últimas sessões em meio ao aumento da cotação. Um novo leilão à vista de até US$ 3 bilhões está previsto para esta quinta.

    O clima não arrefeceu no início da semana, com agentes financeiros preocupados sobre a dinâmica das contas públicas e fazendo contas sobre a potencial economia fiscal após a aprovação do pacote de cortes de gastos no Legislativo.

    Na semana passada, o Congresso aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e os dois projetos de lei do pacote fiscal, mas fez ajustes nos textos.

    Ministério da Fazenda estima que a desidratação do pacote de corte de gastos terá um impacto de R$ 2,1 bilhões até 2026. A previsão inicial era de que as medidas fiscais teriam capacidade de economizar R$ 71,9 bilhões em dois anos.

    De acordo com a nova estimativa divulgada pela equipe econômica, o pacote fiscal terá capacidade de economizar R$ 69,8 bilhões até 2026.

    Na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia informado que as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional no pacote teriam um impacto fiscal de R$ 1 bilhão até o fim do ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

     

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