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    Ações na Europa fecham em alta após primeiro corte de juros em 5 anos pelo BCE

    Banco Central europeu deixou incerto o cronograma futuro de movimentos

    Reuters

    As ações europeias fecharam em alta nesta quinta-feira (6), impulsionadas por ações do setor bancário, de tecnologia e de saúde, embora tenham terminado abaixo dos picos da sessão, depois que o Banco Central Europeu (BCE) cortou os custos de empréstimo pela primeira vez desde 2019, mas deixou incerto o cronograma de futuros movimentos.

    O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,68%, a 524,75 pontos, mas recuou em relação aos níveis recordes atingidos mais cedo.

    O BCE prosseguiu com seu primeiro corte nos juros desde 2019, citando o progresso no combate à inflação, mesmo reconhecendo que a luta estava longe de terminar.

    “Indiscutivelmente, o BCE foi encurralado para um corte na taxa de depósito hoje, o que reduziu um pouco sua credibilidade em relação à ‘dependência de dados'”, disse Janet Mui, chefe de análise de mercado da gestora de patrimônio RBC Brewin Dolphin.

    “De modo geral, é provável que haja mais cortes nos juros neste ciclo, uma vez que a desinflação fez um enorme progresso e deve continuar, mas é difícil identificar a trajetória dos cortes na taxa de depósito, uma vez que o crescimento econômico está novamente em uma base melhor”.

    Nas novas projeções, o BCE disse esperar que a inflação fique em uma média de 2,2% em 2025 — acima da estimativa anterior de 2,0%, o que significa que a inflação agora está se mantendo acima da meta de 2% do banco central até o próximo ano.

    As instituições financeiras lideraram os ganhos setoriais, com alta de 1,7%, enquanto o setor de saúde foi outro impulso, avançando 1,4%. Já as ações de tecnologia subiram 1,2%, mantendo-se perto de seu maior nível desde dezembro de 2000.

    Enquanto isso, os setores sensíveis aos juros, como os de serviços públicos e imobiliário, estiveram entre os de pior desempenho, com queda de 0,9% e 0,6%, respectivamente.

    Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,47%, a 8.285,34 pontos.

    Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,41%, a 18.652,67 pontos.

    Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,42%, a 8.040,12 pontos.

    Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,95%, a 34.834,30 pontos.

    Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,80%, a 11.444,00 pontos.

    Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,24%, a 6.814,45 pontos.

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